O volume estadual representa um aumento de 20,4% se comparado ao mesmo período do ano passado, quando as entregas no Estado somaram 616 mil toneladas. Em 2011, os produtores mato-grossenses compraram 4,67 milhões de toneladas de fertilizantes.
Os dados são da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda). Alta na demanda pelo insumo é consequência do aumento na área plantada, tanto em relação à soja quanto ao algodão. Segundo estimativa do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), foram semeados, somente com a soja, 7 milhões de hectares na safra 2011/2012. A projeção é de uma produção de 21,9 milhões de toneladas. De acordo com o diretor técnico da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja), Luiz Nery Ribas, o fertilizante representa um dos maiores custos de produção, podendo custar até 30% no valor médio por hectare da soja. Segundo ele, o aumento do consumo desse produto é uma boa notícia para o Estado. “O fertilizante é o que mais pesa no bolso do produtor. Se o Estado é o que mais consome, significa que o produtor está obtendo uma renda melhor, plantando mais e consequentemente podendo aplicar o lucro em tecnologia”, conclui.
CUSTO DE PRODUÇÃO
A previsão de gastos médio com fertilizantes para a safra 2012/2013 da soja é de R$ 471,60 por hectare em Mato Grosso. Isso significa em média 27% do custo médio total fechado de R$ 1.742 para a soja no mês de fevereiro. No primeiro boletim da safra 2011/12 divulgado em junho no ano passado pelo Imea, o valor médio de gastos com o produto era de R$ 472,80, ou seja 0,25% maior que o previsto para próxima safra. O médio-norte foi a região que apresentou o custo mais alto por hectare, chegando a R$ 506,35. Enquanto isso, o mais baixo foi o da região oeste com R$ 406,60 por hectare. Os dados são do boletim semanal do Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária
Autor: Dantielle Gomes
Fonte: Folha do Estado