Nessa premiação, feita de dois em dois anos, ganham um escritor e um ilustrador. Se um dos brasileiros vencer, o Brasil vira tricampeão das letras. A primeira a receber o Andersen foi Lygia Bojunga, em 1982, por livros como "Os Colegas" e "A Bolsa Amarela". A segunda, em 2000, foi Ana Maria Machado, autora, entre outros, de "Bisa Bia, Bisa Bel" e "Raul da Ferrugem Azul".
Ziraldo, Ruth Rocha, Angela-Lago, Nelson Cruz e Marilda Castanha são outros brasileiros já indicados.
Bartolomeu está na categoria de escritor e Roger, de ilustrador. Há autores de 32 países, como Japão, Dinamarca, Turquia e Estados Unidos.
Elisabeth Serra, secretária-geral da FNLIJ (Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil), conta que a literatura brasileira está bem na premiação. A FNLIJ é responsável por indicar os brasileiros ao Andersen. "O texto dos nossos autores tem forte originalidade. Falamos de temas difíceis, como morte e abandono, sempre com uma escrita artística", diz.
Uma das dez juradas do prêmio é Regina Zilberman, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Após analisar obras de todos os indicados, diz chamar a atenção a preocupação com temas polêmicos, como guerra e ambiente.
Autor do Patinho Feio dá nome à premiação
O dinamarquês Hans Christian Andersen (1805-1875), que dá nome ao principal prêmio para autores de livros infantis, não é só o criador de histórias como a do Patinho Feio, da Pequena Sereia e do Soldadinho de Chumbo –o que já não seria pouca coisa. Ele é considerado o "pai" da literatura para crianças. Sua data de nascimento, 2 de abril, virou o Dia do Livro Infantil.
O prêmio Andersen foi criado pela Ibby, organização sem fins lucrativos cuja idealizadora foi a jornalista alemã Jella Lepman (1891-1970), após a Segunda Guerra Mundial. Ela fez a Biblioteca Internacional da Juventude de Munique, a maior biblioteca infantil do mundo, instalada num castelo.
Fonte: FOLHA.COM