O secretário Wilson Santos disse acreditar que existe consenso entre grupos dos tucanos em Mato Grosso para apoiar a candidatura de reeleição de Pedro Taques em 2018. Ele afirmou que a polarização do partido entre Taques e o deputado federal Nilson Leitão é fomentada por disposição “desbaratada” na tentativa de rachar o bloco partidário para a campanha do próximo ano.
“Eu acredito que o Leitão e o Taques ainda vão fumar o charuto da paz. Eles vão se entender para o próximo ano levar o governador à reeleição. Estão tentando rachar o grupo por que, se houver o apoio a Taques que houve na eleição passada (2014), o Taques é candidato para vencer no primeiro turno”, disse ele em entrevista à rádio Capital FM, nesta sexta-feira (29).
Santos afirmou que o desentendimento entre os dois principais líderes do PSDB em Mato Grosso está sendo fomentada pela busca de construção de um novo grupo de oposição aos tucanos, puxando o ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes, e o ex-senador Jayme Campos (DEM), como candidatos.
“A oposição ainda não se encontrou, está perdida, desbaratada, por isso estão tentando desmontar o grupo do Taques com a intenção de apoio a Mauro Mendes e Jayme Campos. Mas, acredito que haverá consenso em torno do Taques para as próximas eleições”.
A briga entre Taques e Leitão apareceu ao público há algumas semanas após reunião do Diretório de Mato Grosso em que foram debatidas eventuais candidaturas para 2018. O deputado federal foi apontado com prioridade para disputar uma vaga ao Senado, impulsionado pela baixa popularidade do governador Pedro Taques e falta de participação de tucanos na gestão do Estado. Essa montagem empurraria a campanha de reeleição de Taques para segundo plano.
Na semana passada, os tucanos de apoio a Taques rechaçaram declaração do governador de pressão do partido para nomeação de representantes a cargos públicos. O presidente do PSDB-MT, Paulo Borges, negou esse comportamento dizendo que a característica da sigla é “se livrar de apego a cargos”.