Entre as principais infrações estão: falar ao celular ao dirigir, andar sem cinto de segurança e estacionar em locais proibidos.
Número bastante elevado, considerando que apenas 52 “amarelinhos” (fiscais de trânsito) atuam em Cuiabá. Mas, se as penalidades aumentam de forma inexplicável, o que muitos motoristas não sabem é que, além da Polícia Militar, os amarelinhos e os agentes de transporte que usam calça preta e camisa manga curta verde, os chamados verdinhos, também atuam como fiscais de trânsito e aplicam muitas.
Segundo o diretor de Trânsito da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTU), Jackson Messias de Souza, todo agente que trabalha no órgão atua na regularização e fiscalização das vias da cidade e têm competência para multar.
Questionado sobre o número alto de multas, Messias explica que as infrações se concentram nas avenidas Fernando Correa da Costa, Miguel Sutil (Perimetral), Rubens de Mendonça (CPA) e Tenente Coronel Duarte (Prainha).
Durante uma semana, a reportagem do Circuito Mato Grosso ficou diariamente, durante meia hora, observando o “Verdinho” que trabalha na praça próxima ao Choppão, entre Rua Estevão de Mendonça e Avenida Isaac Póvoas, e observou que neste período cerca de 30 punições foram aplicadas pelo agente.
Para o funcionário público Jerson Sampaio, os motoristas, sem saber da fiscalização, acabam sendo multados e nem podem recorrer, já que não têm conhecimento sobre a atuação dos “verdinhos”.
“Muitas pessoas são contra o retorno dos radares eletrônicos, por serem conhecidos como a “indústria da multa”. Mas, com essa nova atuação dos agentes, essa indústria continua”.
Já a motorista Gabriela Monteiro afirma que os fiscais deveriam também multar os motoristas do transporte coletivo, já que dirigem sem cinto de segurança, param fora do ponto, trancam os cruzamentos no horário de pico e não respeitam os semáforos.
“Toda e qualquer forma de punição deve ser informada à população. Gostaria de saber se as multas são confeccionadas no ato ou se o agente ganha para ajudar a multar”.
Fonte: Regina Botelho
Foto: Mary Juruna
