De acordo com a acusação, o ex-senador utilizou contas bancárias do clube de futebol Brasiliense, fundado por ele no ano de 2000, para ocultar a movimentação de dinheiro proveniente de atividades criminosas.
A denúncia é resultado de inquérito policial instaurado em 2005, após a Justiça ter decretado a indisponibilidade dos bens de Estevão e de diversas empresas ligadas ao Grupo OK, da qual é proprietário, pelo desvio de mais de R$ 169 milhões destinados à construção da sede do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª região, em São Paulo, entre 1992 e 1998.
Os procuradores da República que atuam no caso concluem que "a conta bancária do Brasiliense, que era administrado pelo denunciado, serviu para movimentar recursos entre/para as empresas integrantes do Grupo OK, tratando-se de verdadeira 'conta de passagem', técnica usualmente empregada pelos 'lavadores' de dinheiro para dificultar o rastreamento dos recursos e ocultar o verdadeiro destino dos ativos provenientes de atividades criminosas".
À época, chamou atenção dos investigadores o fato de, mesmo sem acesso aos bens e contas pessoais e de suas empresas, Luiz Estevão continuar aplicando vultosas quantias na equipe de futebol do Brasiliense, por exemplo na reforma do antigo estádio do Serejão e na compra de passe de jogadores.
Fonte: OGLOBO