Política

Taques culpa Silval pela crise na saúde e atrasos nos salários

A segunda experiência do governador Pedro Taques em seu “live” nas redes sociais gerou polêmica entre os internautas.  Foram 186 compartilhamentos e mais de 1,2 mil “likes”,  128 interações raivosas e 115 sorrisos até às 15:00h de segunda-feira (27). A proposta do canal aberto é debater livremente com a população os principais temas em destaques da semana.

“Posso não ter todas as respostas, mas saibam que nunca fugirei à minha responsabilidade. Na crise, muitos preferem se esconder. Eu não. Sempre vou preferir o contato, a transparência, o diálogo, a interação. Dessa forma, mesmo que não haja consenso, mesmo que possa existir o atrito de ideias, sempre restará o RESPEITO”, afirmou Taques em sua Fanpage.

Como já era de se esperar, a crise na saúde e o atraso no salário dos servidores foram o foco do segundo vídeo postado sábado (25), no Facebook. “A saúde é um problema no mundo todo. Um problema em todos os estados. Aqui em Cuiabá, Mato Grosso precisa sim, e isso reconheço, melhorar bastante a nossa saúde”, explicou o governador.

Taques assumiu que houve o fechamento de algumas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) pediátricas na Santa Casa de Rondonópolis. Porém explicou que, apesar da medida,  haviam UTI´s aéreas a disposição e que não ocorreu nenhum óbito no período em que as unidades estavam indisponíveis. Depois do clamor da população, as UTI´s foram reabertas.

“Essas UTI´s estão na Santa Casa que é um hospital filantrópico, que contribui muito com a saúde publica. Muito bem, elas estavam fechadas, nunca existiu as UTI´s, elas estavam fechadas, fomos até lá e elas foram reabertas. Nenhuma criança correu risco de morte porque colocamos as UTI´s áreas”, disse o governador.

Taques também afirmou que os problemas dos hospitais de Rondonópolis e Sinop seriam administrativos. “ O Hospital regional de Rondonópolis está com nova administração. Em Sinop a crise se dá pela saída da empresa que administrava. Mas isso está sendo resolvido”.

Falta dinheiro

Apesar das questões administrativas o governador também considerou que falta verba. “A saúde é subfinanciada. A união diminui muito os repasses para a saúde pública de Mato Grosso e outros estados, e precisamos dizer isso, é preciso falar a verdade. Precisamos de mais dinheiro para a saúde”.

Tanto a falta de dinheiro para a saúde, quanto para o pagamento dos salários dos servidores públicos teriam como causa maior roubos da administração passada, executados pelo ex-governador Silval Barbosa.

 “Outra pergunta que se faz é porque o salário dos servidores atrasou em média seis dias esse mês. Em nome da verdade porque nos pegamos os R$ 50 milhões para pagar servidores que recebem acima de R$ 14 mil reais por mês e deslocamos para pagar a saúde. Agora fizemos um grande acordo com a bancada federal, os oito deputados e os três senadores, e  conseguimos R$ 100 milhões reais.  Esses valores ainda não vieram. Cem milhões de reais, esses valores, segundo constam virão este mês de…novembro e ai, ai nos vamos colocar a saúde publica do nosso estado em dia. Aí vocês vão ver a mudança que isso possibilitará.”, disse Taques.

“O Dinheiro é muito importante, mas ele precisa ser bem aplicado. Nas administrações anteriores os recursos eram muito mal aplicados, inclusive era roubado. Segundo a Justiça grupos criminosos que atuavam no Mato Grosso teriam desviado mais de um bilhão de reais. Mais de um bilhão de reais. Portanto roubaram o dinheiro que agora está faltando. E esta faltando muito”, denunciou Taques.

Segundo o governador apesar do “roubo”, Mato Grosso ainda tem chance de sair do vermelho. Porém, o governador conta agora com recursos de fora do Orçamento Oficial, que viriam das Bancadas Federais e repasses de convênios.   “O estado de Mato Grosso não esta quebrado, ele é muito forte, ele se desenvolve e cresce a índices chineses. Estamos com problemas de fluxo de caixa, de capital de giro. Estamos sublocando recursos para que possamos equacionar todas as dívidas. Vamos receber R$ 100 milhões que vai para a saúde pública. Estamos cobrando uma dívida de mais de vinte  anos que a Conab tem com o estado, mais R$ 120 milhões de reais. E estamos buscando junto com a bancada esta semana, e talvez saia o FEX, que é o fundo de exportação,  que talvez saia mais R$ 320 milhões reais para o estado e mais R$ 100 milhões para os municípios. Nós Sabemos que eles estão em dificuldade, por isso estamos juntos para superar essa crise”, disse.

O governador foi pouco claro ao responder as perguntas enviadas pelos internautas. Fabio Henrique questionou porque existe em Mato Grosso tributação em cima de empresas do simples nacional.  “Muito bem, nos estamos apresentando na AL um projeto de lei para acabar com as penalidades acessórias, ai termos recursos e poderemos melhorar a ambiência negocial”, disse.  

Ao ser questionado se a saúde ficará tão boa a ponto dele próprio deixar a rede particular, Taques preferiu não fazer nenhuma afirmação. “Amiga eu não posso criticar quem tem direito a rede particular. A saúde tem o princípio da universalidade, o que faz com que todos tenham direito à saúde.”

Entre muitas promessas sobre o dinheiro que haverá nos caixas para 2018, Pedro Taques também afirmou que vai rever as contas relativas à dívida pública e trazer R$ 1,3 bilhão de volta a Mato Grosso.

 

 

 

 

 

 

 

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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