Opinião

Elegância cuiabana

Cuiabá sempre primou pela hospitalidade, educação, referência na arte de bem receber, enfim, quesitos estes que preenchem qualquer quesito do universo feminino. A elegância cuiabana reinava desde pequenos acontecimentos na cidade até os mais suntuosos que marcaram a época do glamour. Neste universo feminino da elegância podemos listar alguns nomes que são sempre lembrados por algumas gerações, que deixaram as suas marcas nos registros sociais de Cuiabá, terra tão hospitaleira e querida. Vejamos alguns nomes: Helena Candia de Figueiredo, Lenir Curvo Biancardini, Ivone Biancardini do Prado, Helena Muller de Abreu, Isabel Coelho Pinto de Campos, Carmelita Ramos Yonezawa, Lenir Couto, Leila Affi Coelho, Deize Santos Costa, Anna da Costa Pinheiro, Lídia Alves Corrêa, Maria de Lourdes Ribeiro Fragelli, Arlete Garglione Póvoas, Maria Vieira Aguiar, Laís Granja de Souza Vieira, Mariete Vieira, Lourdes Maria Campos Oliveira, Mercedes Ferraz Costa e Silva, entre outras pérolas da elegância cuiabana. Todos esses nomes eram obrigatórios nas colunas sociais da época. Cuiabá sempre foi a capital da referência da elegância!

SINOS DAS LEMBRANÇAS

Em pleno vapor das 16h40, escutei os sinos tocando. Veio uma lembrança tão grande daquela majestosa Matriz, a Praça da República toda bem cuidada, a iluminação impecável, o cheiro de pipoca recendendo dentro da igreja. Os sinos com o seu som potente movido pelas mãos do homem envolviam a todos para participarem da Santa Missa, para ouvir a bênção dos padres: Firmo Duarte, Teixeira ou Jonel, o importante era o silêncio, apreciando a beleza da Catedral, as artes sacras, altares, lustres, candelabros, móveis e tapetes persas. Umas lembranças tão profundas das pianistas sempre tocando nas missas como: D. Aidinha Epaminondas, Elza Nigro, Dunga Rodrigues, Mariana Palma, Wilma Ferraz e Violeta Palma que davam um show nas músicas sacras. Dentro da Matriz, Zé Bolo Flor, todo vestido de branco, com o terço na mão carregando sempre uma imagem de São Sebastião; Preta, na frente da Matriz, dominava a criançada com brincadeira de roda, pegador e outras diversões que nos deixaram saudades! Que saudades daquelas batidas de sinos que estremeciam os quatros costados da cuiabania.

DOMINGO FESTIVO

A Cuiabá hospitaleira era sempre festiva, principalmente nos domingos, uma pá de gente circulava no Jardim Alencastro dando várias voltas, nas quintas feiras e domingos a animação era maior com retreta, com música da banda do 16º BC, do Mestre Inácio e da Polícia, que se revezavam. Havia em frente à praça o Bar Pinheiro e o Bar do Bugre, pipoqueiros espalhados por toda parte, além dos vendedores ambulantes de balas, entre outras coisas que alegravam o cuiabano. Outras opções eram: o Cine Teatro, os cines Bandeirante e Tropical, Bar do Bebeto (a coqueluche da cidade), ou se deliciar com o delicioso sorvete de coco do Seror. As voltas no Jardim Alencastro apreciando a fonte luminosa, com as suas revoadas de água colorida, sentindo o frescor da própria alma. Quantos encantamentos que vivemos na Praça Alencastro!

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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