A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, apresentou nesta terça-feira (7) denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a deputada federal Shéridan de Anchieta (PSDB-RR).
A acusação é por suposta compra de votos na eleição de 2010, conduta que também teria beneficiado o ex-governador Anchieta Júnior (PSDB) na campanha ao governo de Roraima.
Em nota divulgada pela assessoria de imprensa, a deputada diz refutar as acusações e afirma que o assunto é "requentado".
"A parlamentar tem certeza que a verdade prevalecerá no final, quando será provada sua inocência, pois tem total confiança no trabalho da Justiça brasileira", conclui a nota.
Denúncia
Na denúncia, Dodge junta depoimentos de eleitores a quem Shéridan teria oferecido vantagens – como inscrição em programas sociais e quitação de multas de trânsito, por exemplo, para que votassem em Anchieta Junior, que à época era marido da parlamentar.
De 2008 a 2014, Shéridan exercia o cargo de secretária de Promoção Humana e Desenvolvimento no governo do agora ex-marido. Em depoimento, ela admitiu que participou da campanha de reeleição de Anchieta Júnior.
“Para as pessoas que visitava não era possível separar o fato de estar ali fazendo campanha e de ser secretária de estado e por isso faziam muitos pedidos”, disse no interrogatório.
Para Dodge, Shéridan “possuía consciência da ilicitude e dela se exigia conduta diversa”.