Política

Câmara de Vereadores faz sessão extraordinária para votar suplementação

Vereadores de Cuiabá realizam uma sessão extraordinária na manhã desta sexta-feira (6) para votar um projeto de suplementação orçamentária para a Câmara de R$ 6,7 milhões. O texto foi apresentado pelo Executivo e coincide com o valor liberado pelo prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB) no início de setembro, após a abertura de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) ser barrada pelos vereadores.

A suplementação foi suspensa pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado) por indícios que o dinheiro teria sido liberado como compensação pelo bloqueio da proposta de comissão parlamentar, que propunha investigar a participação de Pinheiro em esquema de recebimento de mensalinho durante o governo de Silval Barbosa (PMDB), entre 2010 e 2014.

Pinheiro aparece em vídeo entregue em delação premiada por Silval Barbosa recebendo maços de dinheiro, supostamente de pagamento de apoio à gestão de Silval por deputados estaduais.

No dia de 21 de setembro, o pleno do TCE homologou medida cautelar que proíbe a Câmara de Cuiabá de usar R$ 6,7 milhões da suplementação orçamentária feita pela prefeitura. A medida reforça no campo administrativo a decisão no mesmo sentido expedida pelo Poder Judiciário.

Cinco dias depois, o Ministério Público Estadual (MPE) instaurou inquérito civil para apurar se a liberação da suplementação estaria relacionada à reprovação de abertura da CPI para investigar Emanuel Pinheiro.

‘Medida legal’

O procurador-geral de Cuiabá, Nestor Fidélis diz que TCE (Tribunal de Contas do Estado) terá que invalidar todas as decisões de fiscalização do Estado e prefeituras caso sustente a decisão de bloqueio de verba suplementar à Câmara de Vereadores.

“Se o tribunal quiser anular a verba suplementar que a prefeitura autorizou para a Câmara, terá que invalidar todas as suas decisões do Estado e de prefeituras que tomaram decisão com base na mesma lei usada pela prefeitura”.

O  procurador Fidélis disse que a presidência da Câmara havia apresentado o pedido de suplementação financeira em maio deste ano e o pedido foi analisado e liberado em agosto.

O pleno do TCE acatou parcialmente a decisão do conselheiro Luiz Carlos, mantendo o bloqueio dos R$ 6,7 milhões liberados pela prefeitura. Conforme Fidélis, o tribunal decidiu dar prazo para a prefeitura apresentar defesa que justifica a transferência do dinheiro.

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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