Política

Mato Grosso será o primeiro estado do Brasil a oferecer equoterapia pelo SUS

As redes públicas de saúde e de ensino de Mato Grosso poderão disponibilizar a equoterapia às pessoas com deficiência. É o que prevê o Projeto de Lei nº 591/2015, de autoria do deputado Zeca Viana (PDT-MT), que inclui a equoterapia no rol de tratamentos terapêuticos dos sistemas públicos de saúde e de ensino.

 “É extremamente importante implantarmos a equoterapia no sistema educacional e no sistema de saúde. Está cientificamente comprovado que é eficiente o método, porque dá um estímulo mais rápido ao paciente. Só quem tem um parente deficiente na família, e eu agora tenho um filho cadeirante, é que sabe como a equoterapia é importante e boa”, disse Zeca.

O projeto de lei havia sido vetado pelo governador Pedro Taques (PSDB), que alegou incompetência da Assembleia Legislativa para criar novas atribuições para as secretarias de Estado. Contudo, a tese do Executivo foi rechaçada pelo Parlamento, que derrubou o veto com 17 votos favoráveis e apenas um contrário.

O líder do governo na Assembleia, deputado Dilmar Dal’Bosco (DEM), chegou a elogiar a iniciativa do deputado Zeca Viana e liberou a bancada governista para votar pela derrubada do veto. O projeto de lei também foi aclamado pelo presidente da Casa, deputado Eduardo Botelho (PSB).

“Eu acho que é um projeto extremamente importante, por isso nós estamos liberando toda a bancada para votar pela derrubada do veto. Parabéns ao deputado Zeca Viana”, disse Dilmar.

“Quero salientar aqui a importância desse projeto do deputado Zeca Viana para as pessoas que têm, dentro da família, uma pessoa com deficiência”, disse Botelho antes de iniciar a votação.

Conforme a Associação Nacional de Equoterapia (Ande-Brasil), a equoterapia é um método terapêutico que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar nas áreas de saúde, educação e equitação, com o propósito do desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com deficiência e/ou com necessidades especiais.

O método é empregado principalmente nas pessoas com síndrome de Down, autismo, malformações congênitas do sistema nervoso central, doença de Parkinson e paralisia cerebral, apresentando excelentes resultados.

“Nós temos em Mato Grosso vários voluntários dentro e fora das APAEs que estão prestando esse serviço para as pessoas que mais necessitam. Por isso precisamos reconhecer esse tratamento e disponibilizar para melhorar a vida dos deficientes do nosso estado”, completou Zeca.

A terapia – A equoterapia chegou ao Brasil em 1990 e tem se difundido no país devido aos excelentes resultados registrados. É um método terapêutico que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar nas áreas de saúde, educação e equitação, buscando o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com deficiência ou necessidades específicas.

O método emprega o cavalo como agente promotor de ganhos físicos e psíquicos. Esta atividade exige a participação do corpo inteiro, contribuindo, assim, para o desenvolvimento da força muscular, relaxamento, conscientização do próprio corpo e aperfeiçoamento da coordenação motora e do equilíbrio.

A interação com o cavalo, incluindo os primeiros contatos, os cuidados preliminares, o ato de montar e o manuseio final desenvolvem, ainda, novas formas de socialização, autoconfiança e autoestima.

Em Mato Grosso, já existem associações que trabalham a equoterapia nos municípios de Cuiabá, Várzea Grande, Juína e Pontes e Lacerda.

Atualmente, o Congresso Nacional debate o Projeto de Lei 5499/2005, que inclui a equoterapia entre os serviços especializados oferecidos pelo SUS, e o Projeto de Lei 4761/2012, que regulamenta a prática da equoterapia.

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Política

Lista de 164 entidades impedidas de assinar convênios com o governo

Incluídas no Cadastro de Entidades Privadas sem Fins Lucrativos Impedidas (Cepim), elas estão proibidas de assinar novos convênios ou termos
Política

PSDB gasta R$ 250 mil em sistema para votação

O esquema –com dados criptografados, senhas de segurança e núcleos de apoio técnico com 12 agentes espalhados pelas quatro regiões