Política

Ministro autoriza perícia em materiais utilizados em grampos

A Polícia Federal vai periciar materiais apreendidos supostamente utilizados em operação de grampos telefônicos em Mato Grosso. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Torquato Lorena Jardim, autorizou a averiguação de material, atendendo pedido do desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça Mato Grosso, autor de medidas que levaram, na semana passada, quatro ex-secretários do governo Pedro Taques envolvidos nos casos para prisão.

O ofício de autorização de perícia foi publicado na última sexta-feira (29) pelo Diretor de Investigação e Combate ao Crime Organizado da PF, Maurício Leite Valeixo. Celulares, computadores PCs, notebooks, tablets e outros eletrônicos apreendidos durante as investigações serão analisados pela Polícia Federal.

"Em atenção ao ofício nº 24/2017/GAB, dirigido ao senhor Ministro de Estado de Justiça e Segurança Pública, no que compete às atribuições da Polícia Federal, informo que a PF poderá prestar o apoio necessário na realização de perícias criminais referentes às investigações presididas por Vossa Excelência quanto à possíveis interceptações telefônicas ilegais ocorrida no Estado de Mato Grosso”.

O desembargador Orlando Perri apresentou o pedido na semana passada e o objetivo é conter medidas que atrapalhem as investigações em andamento em Mato Grosso desde o início do segundo deste ano.

Além de ex-secretários do alto escalão do governo Taques, o caso também envolve comandantes da cúpula da Polícia Militar em Mato Grosso.

A Operação Esdras, deflagrada no dia 27 de setembro pela Polícia Civil, tinha o objetivo de desarticular um grupo acusado de montar uma estratégia para atrapalhar as investigações relacionadas aos esquema de grampos ilegais no Estado e obter informações que pudessem comprometer o relator do processo no Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargador Orlando Perri, para afastá-lo do caso.

Os mandados foram autorizados pelo desembargador Orlando Perri, a pedido da delegada responsável pelo inquérito, Ana Cristina Feldner, da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO).

Foram presos ex-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, o secretário de Justiça e Direitos Humanos, coronel Airton Siqueira, secretário de Segurança afastado, Rogers Jarbas, e o ex-secretário da Casa Militar, Evandro Lesco.

Outros dois militares também alvos do mandado de prisão preventiva, o sargento João Ricardo Soler e major Michel Ferronato, a mulher de Lesco, Helen Christy Carvalho Dias Lesco, e o empresário José Marilson da Silva, ex-dono da empresa Simples IP que fornecia sistema de segurança sentinela ao Governo.

Ao todo foram oito mandados de prisão,  uma condução coercitiva, uma fixação de medidas restritivas e 16 de busca e apreensão.

Redação

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