Dia 1º de outubro é celebrado em todo o universo por devotos fiéis e venerandos da pequena flor do Carmelo francês: Teresa de Lisieux, Santa Teresinha para os íntimos. Teresa, ao contrário de outros santos de sua ordem, não realizou grandes feitos em vida, aliás, vida muito curta visto que veio a óbito com apenas 24 anos. O que fez essa santinha (no sentido direto da palavra) se tornar o furacão de popularidade que se tornou dentro da Igreja foi exatamente sua pequenez, seu desejo de ser nada desde que esse nada fosse útil a Jesus.
Teresa nasceu em um berço consideravelmente rico para sua época; seus pais Luiz e Zélia eram ambos conhecidos na sociedade de sua época, ele pelos feitos preciosos dentro do campo da relojoaria e joalheria e ela pela sua tradicional oficina de rendas, uma das mais populares na França na época. Ambos, marido e mulher, foram canonizados pela Igreja também. Teresinha escreveu a mando de sua superiora o livro da sua vida; tomou alguns cadernos e pôs-se a escrever as lembranças e memórias que tinha de sua infância e dos ensinamentos que obtivera em sua família, sociedade, amigos e de si própria. Após o falecimento da santa, os seus cadernos foram publicados em forma de livro que ganhou o nome de “História de uma Alma” cuja primeira edição esgotou-se rapidamente. A partir dali o livro ganhou sucessivas edições atualizadas e revistas que eram esgotadas em curtos períodos de tempo. Teresa se tornou Teresinha e seu nome era frequente na boca dos mais simples e dos mais afamados; Edith Piaf, por exemplo, era muito devota dela, pois dizia ter sido curada de cegueira pela santinha em sua infância.
Teresa foi beatificada, canonizada e depois transformada em Doutora da Igreja; esse título é dado a santos que deixaram escritos de grande valor para o mundo cristão; no caso de Teresinha, esse livro foi sua autobiografia em que ela deixou transparecer de forma clara e tocante a “Pequena Via”, nome que deu ao caminho de elevação desenvolvido por ela para que se alcançasse a santidade. A “Pequena Via” quer dizer o pequeno caminho, com isso desejava indicar que esse caminho, o caminho da pequenez, não serviria para os grandes mas apenas aos pequenos, aqueles que como ela assumiam ser almas pequenas mas infinitamente apaixonadas pelo alto. Alguns dias antes de sua morte ocorrida em 01/10/ 1897, Teresinha foi questionada sobre seus sentimentos em relação ao desencarne e respondeu “… Não morro, entro na vida…”. Que ela, na plenitude de sua verdadeira vida, olhe sempre por nós.