O ex-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, foi ouvido na manhã desta quarta (4) pela delegada Ana Cristina Feldner, responsável pela investigação de grampos telefônicos no Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), e o delegado Flávio Stringueta.
Conforme Stringueta, Taques apresentou sua versão das informações sobre grampo telefônico sem entrar em detalhes. O ex-secretário deixou o Complexo Miranda Reis, onde prestou depoimento, por volta das 14h e sem falar com a imprensa.
Taques é suspeito de ordenar grampeamento de números telefônicos juízes, políticos, empresários e jornalistas a partir de 2014 por meio de manobra conhecida como “barriga de aluguel”. Os números de pessoas sem qualquer ligação com crimes eram repassados supostamente por ele como suspeitos de participação em casos investigados em operações sigilosas. O esquema era coordenado pela Polícia Militar de dentro do Palácio Paiaguás.
Além de Taques, foi ouvido nesta manhã o major da Polícia Militar, Michel Ferronato, suspeito de tentar aliciar e ameaçar o escrivão que atua no inquérito militar que apura o esquema dos grampos no Estado, tenente-coronel José Henrique Costa Soares.