Um grupo formado por sete vereadores da Câmara Municipal de Cuiabá foi até ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (02), pedir ao ministro Luiz Fux, mais celeridade nas investigações que apuram suposta participação do prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB) em um esquema de recebimento de “propina” na época em que o mesmo era deputado estadual.
Segundo o vereador Marcelo Bussik, a iniciativa partiu para que as investigações possam avançar no sentido de esclarecer suposta quebra de decoro quando Pinheiro ainda exercia o mandato.
“Nós vamos protocolar um ofício pedindo celeridade nas investigações. E no caso do ministro [Fux] vamos pedir o compartilhamento com o Ministério Público Estadual, para que no seu âmbito possa avançar também nesse processo”, disse à reportagem.
Em uma das sessões anteriores, os parlamentares tentaram em votação aberta instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) a fim de apurar a conduta do gestor. Porém, a grande maioria não acatou a proposta de possível cassação por meio do procedimento e alegou que a Casa de Leis não possuía poderes suficientes para abrir procedimento investigativo, de modo que também estaria agindo de maneira precipitada.
Emanuel apareceu em um vídeo guardando maços de dinheiro nos bolsos do paletó, supostamente advindos de pagamento de "mensalinho" à ele e outros deputados, na época em que Silval Barbosa (PMDB) era gobvernador de Mato Grosso e comandava o estado. A gravação foi entregue em delação premiado homologada pelo próprio STF.
Dos 25 vereadores que compõe o colegiado, apenas sete assinaram o documento, entre eles: Abílio Júnior (PSC), Dilemário Alencar (PROS), Elizeu Nascimento (PSDC), Felipe Wellaton (PV), Gilberto Figueiredo (PSB), Sargento Joelson (PSC) e Marcelo Bussiki (PSB).
Além dos SFT, os vereadores deverão fazer nesta quarta visita à Procuradoria Geral da República (PGR), para que a procuradora Raquel Dodge tome maiores providências.
{relacionadas}