Política

Botelho pede paciência à sociedade para “não cometer injustiças sobre vídeos forjados”

O presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (PSB), em defesa dos colegas políticos gravados em vídeos recebendo supostamente vantagem indevida, pediu para que a população não faça pré-julgamentos para não cometer injustiças.

“Nós estamos passando por um momento difícil, não resta dúvida. Mas eu peço não façam pré-julgamentos porque pode destruir vidas de pessoas”, disse em entrevista à Rádio Capital, na manhã desta sexta-feira (22).

A declaração foi relacionada a uma gravação feita em agosto pelo o ex-secretário de Indústria e Comercio, Alan Zanatta, em que o ex-chefe de gabinete de Silval Barbosa, Silvio Cézar Correa Araújo, teria dado indícios de omissão de informações sobre os crimes relatados no seu acordo de colaboração premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR).

Após a análise do áudio pela Polícia Federal e pela PGR, caso seja comprovado a ocultação, a delação poderá ser suspensa e até mesmo anulada, podendo tanto Silvio como o ex-governador Silval Barbosa e família perdendo todos os benefícios do acordo.

“Vocês estão viram fitas que foram divulgadas distorcendo tudo que foi falado e vida dessas pessoas vão sendo destruída e agora tá sendo provado que foi feito uma armação, uma mentira. Peço à população que tenham paciência. Vamos fazer um julgamento, mas vamos fazer um julgamento sereno. Não um julgamento em que um grita vamos apedrejar e todo mundo vai atrás apedrejando. Vamos ter calma, vamos ter serenidade e esperar a Justiça trabalhar ao seu tempo e o resultado virá lá na frente”, pediu o deputado.

Limpando a Assembleia

Na semana passada, em decorrência da Operação Malebolge, deflagrada pela no dia 14 de setembro, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão na Casa de Leis vistoriando o gabinete de alguns deputados que foram citados na delação de Silval Barbosa.

Populares e membros de sindicatos compareceram ao local para se manifestar contra a corrupção e jogaram água no prédio da Assembleia como ato de limpeza.

No dia seguinte, o deputado Gilmar Fabris (PSD) foi preso por supostamente ter fugido e ocultado provas.

Sobre a atitude o chefe do Legislativo estadual pediu serenidade nos diálogos com a população e com o Fórum Sindical. “Na semana passada foram na Assembleia gritando, chacoalhando deputado, lavando calçada… Eu peço o seguinte nós temos mantido um diálogo sereno e tranquilo com eles, não façam isso, chacoalhando o prefeito Emanuel pinheiro, aguardem o momento da Justiça, porque isso pode causar uma injustiça muito grande”, alertou Botelho.  

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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