No período de janeiro a agosto de 2017, o número de roubos de aparelho celular em Mato Grosso caiu 28,6% se comparado ao mesmo período de 2016. No ano passado foram registrados o roubo de 8.807 celulares, dentro desses mesmos meses, e neste ano 6.287, uma diferença para menos de 2.520.
Os dados levantados pela Coordenadoria de Estatísticas e Análise Criminal da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp-MT) apontam a quantidade de aparelhos, não o número de boletins de ocorrência. Isso pelo fato que em um único registro pode haver mais de um celular roubado.
De acordo com a Polícia Militar a redução desse crime estaria relacionado a atuação ostensiva em horários de pico, onde os policiais se posicionam em locais com grande circulação de pessoas, o que acaba inibindo a ação de criminosos.
“A Polícia Militar está trabalhando também na prevenção, com orientações para que as pessoas utilizem o celular preferencialmente em locais seguro e que se não estiver utilizando o aparelho que evite deixá-lo a mostra, pois o criminoso busca um momento de descuido para subtrair o bem do cidadão”, ressalta o subchefe de Estado maior da Polícia Militar de Mato Grosso, coronel PM Jonildo de Assis.
Para as policias Militar e Civil, as instituições de Segurança Pública de forma integrada, cada uma com as próprias atribuições e com as análises criminais, ajudam de forma significativa a redução dos índices das ações criminosas. “É um trabalho continuado que vem nos possibilitando alcançar resultados positivos no enfrentamento à criminalidade”, completa Assis.
O que também tem colaborado para a redução de roubo de aparelhos celulares é o serviço oferecido pela Polícia Judiciária Civil que bloqueia o aparelho já na hora do registro do boletim de ocorrência. “Todas as delegacias de Mato Grosso contam com o serviço e para isso basta a vítima informar o número da linha. Como o aparelho fica bloqueado o criminoso perde o interesse de cometer o crime”, detalha a delegada titular da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos, Luciani Barros Pereira de Lima.
A delegada titular ainda destaca que o número de prisões de autores de roubo tem aumentado em Mato Grosso e isso tem colaborado para a melhora contínua dos índices. Também está entre as ações da PJC o monitoramento de redes sociais e sites de compra. “Se for detectado que o produto [aparelho celular] é ilícito e for feita a venda e compra é caracterizado o crime de receptação”, explica Luciani.