Política

Kátia Abreu defende que Maggi deixe ministério após virar alvo de operação

A senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) disse que o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, alvo de uma operação de busca e apreensão da Polícia Federal nesta quinta-feira (14), deveria deixar o cargo.

A declaração da ex-ministra da Agricultura (2015-2016) foi feita pela manhã, em São Paulo, durante o fórum "Agronegócio Sustentável", promovido pelo jornal “Folha de S.Paulo”.
Para ela, os últimos acontecimentos indicam que Blairo, que sofre acusações de obstrução de Justiça, não tem condições de exercer a função.

"É uma pessoa competente, mas essa situação deve ser investigada", disse Kátia, que foi suspensa do PMDB nesta semana.

Apesar de reconhecer que a situação do ministro é grave, o Palácio do Planalto decidiu adotar cautela em relação ao caso, numa estratégia para proteger Michel Temer.

Blairo, filiado ao PP e ex-governador do Estado de Mato Grosso, é acusado de participar de um esquema de pagamento de mensalinho para comprar apoio de deputados estaduais ao seu governo.

O ministro Luiz Fux, do STF (Superior Tribunal Federal), que autorizou os mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao ministro, afirmou que há "veementes indícios" de que ele tenha cometido crime de obstrução em fatos ocorridos entre os anos de 2014 e 2017.

Punição

Kátia Abreu foi suspensa pelo partido nesta quarta-feira (13). Ela ficará 60 dias longe das atividades partidárias por fazer declarações públicas contra a cúpula da legenda e divergir no Senado de orientações do Planalto.

A senadora poderá ainda sofrer outras punições, inclusive a expulsão da sigla.

"Neste exato momento a preocupação do PMDB deveria ser provar que não é uma organização criminosa (quadrilhão). Eu estou longe de ser um problema para o PMDB. Sigo minha vida", disse ela ao comentar a suspensão.

Redação

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