O empresário Joesley Batista e o executivo Ricardo Saud, do grupo empresarial J&F, colocaram seus passaportes à disposição da Justiça, segundo informações da defesa. Eles pediram também para serem ouvidos antes de o ministro Edson Fachin, relator da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), decidir sobre o pedido de prisão contra os dois protocolado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, feito nesta sexta-feira ao próprio Fachin.
Segundo o advogado Pierpaolo Bottini, que cuida dos desdobramentos da delação da J&F, os clientes não "entregaram" os passaportes, mas os colocaram à disposição do Supremo.
Joesley e Saud podem perder a imunidade penal que receberam no acordo de delação, após gravações feitas pelos dois levantarem suspeitas de que houve omissão de informações por parte dos dois.
O principal ponto são os indícios de que o ex-procurador da República Marcelo Miller ajudou Joesley e Saud a produzir provas para obter o acordo com Janot.