A Associação dos Magistrados Brasileiros declarou, nesta sexta-feira (8), que o Poder Judiciário tem sofrido “constantes ataques” recentemente com vazamentos de denúncias contra ministros “sem quaisquer esclarecimentos”.
Veículos de imprensa publicaram nesta semana que ministros do Supremo Tribunal Federal foram citados em áudios entregues por delatores da JBS. Joesley Batista e seu subordinado Ricardo Saud conversam sobre a possibilidade de contratar José Eduardo Cardozo, que já foi ministro da Justiça e advogado-geral da União, para se aproximar de membros da corte.
Nas conversas, não se fala sobre troca de vantagens. São citados Gilmar Mendes, Cármen Lúcia e Ricardo Lewandowski. Os empresários afirmam que foram orientados pelo então procurador Marcelo Miller, próximo do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, na hierarquia da PGR.
Para a AMB, “fica evidente o esforço que tem sido feito por setores descomprometidos com a democracia e a República, para atingir o Judiciário” e envolver a magistratura “no mar de corrupção que inundou a República brasileira”. A entidade afirma que os episódios têm sido acompanhados de propostas legislativas que tentam enfraquecer a Justiça.