O corpo do cabo da PM Júlio César Silva de Oliveira, de 36 anos, chegou por volta das 16h para o velório no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, Zona Oeste do Rio. A família teve problemas burocráticos no IML porque os documentos do militar foram roubados pelos criminosos que o mataram durante um assalto em Parada de Lucas.
O enterro estava previsto inicialmente para às 16h desta sexta-feira (8), mas vai atrasar.
Durante o velório, amigos e familiares protestaram contra a violência no Rio que causou a morte do PM. Vários usaram uma camisa com a foto do militar é uma mensagem de protesto.
"O sentimento nosso é de consternação total. Um amigo nessa situação, deixar dois filhos, familiares, amigos. Até quando vamos sacrificar as ovelhas para preservar os lobos?", disse Tiago Stefanelli, amigo do cabo Júlio César.
Morte durante um assalto
O agente morreu após ser cercado por criminosos em um roubo na Rua Tinharé, em Parada de Lucas. Ele era lotado na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Chatuba e estava indo para casa.
O policial estava de carro e teria reagido a uma tentativa de assalto, quando teve o veículo cercado por criminosos. Houve troca de tiros e o PM foi atingido na nuca e nas costas. O carro e a arma do policial foram levados pelos criminosos, sendo o veículo encontrado um pouco depois em uma rua próxima ao local do crime.
Ele foi socorrido por policiais do 16º Batalhão, mas não resistiu aos ferimentos e já chegou morto ao Hospital Getúlio Vargas, na Penha. O cabo Júlio César era casado e deixa dois filhos. Ele estava na PM desde 2009.
Durante a ação, os policiais encontraram um veículo no interior de um CIEP, em Vigário Geral. Segundo informações da polícia, o carro roubado tem características semelhantes às dos veículos utilizados pelo Comando de Operações Especiais da PM e da Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil.
A polícia ainda não sabe se o veículo encontrado no CIEP foi usado pelos bandidos na tentativa de assalto que resultou na morte do cabo Oliveira.