O presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (PSB), disse que não há material concreto contra os deputados denunciados por recebimento de propina para abrir uma investigação interna da Casa.
“Não temos nada de concreto. Foi da legislatura passada praticamente todos os atos [citados em delação premiada]. Acabe a nós aguardar. Também não vou mais falar sobre esse assunto”.
Ao menos 15 de 24 deputados em exercício de mandato foram citados pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB) em delação à Procuradoria Geral da República (PGR). Todos os mencionados teriam recebido dinheiro por meio de ‘mensalinhos’ para apoio o Executivo nos governos de Blairo Maggi (2002-2010) e Silval Barbosa (2010-2014).
O pagamento supostamente era negociado com representantes do governo e membros da Mesa Diretora da Assembleia. Também teria recebido pagamento de R$ 600 mil parcelados de fraudes em obras do MT Integrado, Copa do Mundo e de outras participantes de esquemas de propina.
Questionado sobre a situação hoje, Botelho negou que exista pagamento de benefícios ilegais. “Eu estou na Assembleia desde fevereiro de 2016 e nunca vi nenhum mensalinho sendo pago. E nesta legislatura nunca existiu mensalinho”.
Botelho disse ainda que a imagem da Assembleia está “um pouco arranhada” pelos efeitos das denúncias de Silval Barbosa, mas afirmou que não é possível “fazer democracia” sem participação de Poder Legislativo.
“Existem tipos de governo com Executivo e Judiciário, mas não existe democracia sem Legislativo. A democracia só pode existir com o Legislativo. Então, nós temos que fortalecer o Legislativo, depurar o Legislativo e faze-lo forte. É essa é função daqueles que guardam a democracia”.
