Ao tomar como verdade o mantra de Tite, repetido sistematicamente pelos jogadores do Brasil desde a chegada em Porto Alegre, de que a Copa do Mundo da Rússia já começou, pode-se dizer que a estreia, ontem, foi em ritmo de treino. Em um jogo arrastado no primeiro tempo, quando foi tratado com desinteresse tanto pelo time quanto pela torcida na Arena do Grêmio, a seleção brasileira melhorou depois do intervalo e fez 2 a 0 no Equador.
Foi a nona vitória seguida da equipe de Tite nas Eliminatórias. O resultado garantiu ao Brasil o título simbólico da competição, com que três rodadas de antecedência. A seleção ainda foi beneficiada pelo empate sem gols da Colômbia, segunda colocada, com a lanterna Venezuela.
— No primeiro tempo, eles fizeram marcação muito cerrada, mas no segundo cansaram, tivemos mais liberdade — analisou o capitão Marcelo, que levou o terceiro amarelo e está fora do jogo de terça-feira, contra a Colômbia: — Quando jogo, só penso em dar meu máximo. Não tem como se controlar dentro de campo.
Em noite em que Neymar abusou do direito de prender a bola, valeu a estrela do segundo astro da seleção atual, o técnico Tite. Quando colocou Philippe Coutinho no lugar de Renato Augusto, abriu a retranca do Equador. As chances de gol começaram a aparecer, e aos 23 minutos Paulinho aproveitou cobrança de escanteio para abrir o placar.
Enquanto o camisa 10 tentava driblar meia equipe equatoriana para abrir espaço para finalizar, Gabriel Jesus precisou de só um lance de efeito: deu lençol no marcador e tocou de cabeça para Philippe Coutinho para fazer o segundo gol, aos 30 minutos.