Política

Prefeito de Colniza é afastado por 90 dias por gastos irregulares com iluminação

Os vereadores de Colniza (1.064 km de Cuiabá) aprovaram o afastamento do prefeito Esvandir Antônio Mendes (PSB), por 90 dias. Segundo o presidente da Câmara, Rodolfo Cezar Andrade Gonçalves (PSDB), ele é acusado de ter utilizado indevidamente os recursos de arrecadação da iluminação pública para pagar a folha salarial dos servidores e os gastos com energia elétrica dos prédios públicos. Afastamento foi votado em sessão na manhã desta quinta-feira (31).

Oito vereadores votaram a favor do afastamento e apenas um se absteve. O vice-prefeito Celso Garcia Leite (PT) assume a prefeitura.

“Foi protocolada uma denúncia de uso indevido de recursos de iluminação pública. Nós acatamos essa denúncia, que pedia preliminarmente o afastamento do prefeito. Ele é acusado de retirar R$ 84 mil para pagar energia dos prédios públicos e transferir R$ 382 mil para uma conta bancária para pagamento dos servidores públicos. Isso não pode ocorrer e caracteriza improbidade administrativa. O dinheiro arrecadado com taxa de iluminação pública deve ser aplicado em melhorias e não para pagar folha salarial”, afirmou Gonçalves.

O presidente da Câmara disse que o caso será acompanhado por uma comissão processante. “Esvandir terá dez dias para apresentar a defesa dele com testemunhas e provas. Após isso, será definido se terá seguimento na denúncia ou não. Neste caso, dependendo do relatório do relator ele poderá ter o mandato cassado".

Outro lado

De acordo com a assessoria da prefeitura, Esvandir Antônio Mendes vai recorrer e entrar com um liminar para tentar retornar ao cargo. Além disso, admitiu a utilização irregular do dinheiro para socorrer a folha de pagamento e não deixar os servidores sem receber. 

No ano passado, o ex-prefeito João Assis Raupp, também foi afastado do cargo temporariamente pela câmara de vereadores daquele município, por suspeita de suposto superfaturamento na compra de medicamentos.

Constava na denúncia que o valor superfaturado chegava a R$ 3,8 milhões. Porém, o juiz de Aripuanã, Vitor Lima Coelho, acolheu o pedido da defesa e determinou que Raupp retomasse ao cargo de prefeito.

Redação

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