O Sindicato Nacional dos Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle (Unacon), Regional Mato Grosso, que representa os servidores de carreira do Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União (CGU) no estado, divulgaram uma nota de repúdio aos atos de corrupção delatados pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB) à Procuradoria Geral da República (PGR). A entidade fala da indignação em relação aos fatos e pede a punição de todos os envolvidos.
“Com fundamento nos princípios da honestidade, democracia, transparência, confiança e civilidade, todos norteadores da boa e regular aplicação dos recursos públicos, manifestamos nosso repúdio aos atos de corrupção delatados pelo ex-governador Silval Barbosa e veiculados em cadeia nacional, por meio de vídeos em que agentes políticos são flagrados em supostas condutas absolutamente inaceitáveis”, diz a nota, assinada pelo presidente da entidade em Mato Grosso, Ícaro Fernandes.
Os auditores, como agentes do Estado brasileiro e cidadãos mato-grossenses, se dizem “estarrecidos e enojados” com tanta corrupção apontada na delação de Silval Barbosa. “Mas, reafirmamos nossa confiança nas instituições republicanas, com vistas à apuração dos atos de corrupção, tendo com clareza que ninguém está acima da Lei. A sociedade mato-grossense anseia por uma atuação efetiva dos poderes constituídos”.
Na nota, a Unacom crítica vereadores da Câmara Municipal de Cuiabá e da Câmara Municipal de Juara por não terem tomado nenhuma atitude efetiva contra os prefeitos Emanuel Pinheiro e Luciane Bezerra respectivamente, ambos do PMDB. Também cobram posicionamento da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Mato Grosso em relação aos deputados citados na delação.
“Políticos eleitos sem compromisso com a coisa pública flagrados em cenas que revoltam até mesmo profissionais que lidam com essas notícias em seu cotidiano apequenam a política estadual e a transformam em um indutor de desconfiança, descrédito, desesperança e desespero em nossos queridos habitantes de Mato Grosso”, pondera presidente.
Ao final da nota, a entidade pede esclarecimentos rápidos das denúncias e punições efetivas àqueles que tenham praticado atos de corrupção.