O garoto Fábio Henrique, de três anos, chamou a atenção em Mato Grosso após ter pernas e dedos amputados devido a uma meningite causada pela bactéria meningococo. Ele está há cinco meses em casa e se recuperou muito bem depois de passar pelo drama.
A mãe Ângela Santana contou ao Circuito Mato Grosso como está a rotina de Fábio após receber alta do Hospital e Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá (HPSMC). Atualmente eles residem em uma casa de aluguel, mas Ângela diz que pretende construir a própria casa no terreno do pai.
Ao chegar à residência, a equipe encontrou Fábio brincando. Ângela informou que apesar da perda dos membros inferiores e dedos, Fábio está muito esperto e praticamente independente buscando fazer tudo sozinho.
“Ele não gosta nem que a gente dê comida a ele, busca fazer tudo sozinho. Fábio tem brincado muito e não para em nenhum instante. Graças a Deus está muito alegre e esperto e nem parece que ele passou aquela dificuldade no pronto-socorro”, disse.
Apesar de bem, segunda a mãe de Fábio, ele as vezes apresenta uma crises de nervosismo que, segundo os médicos, seria em decorrência dos remédios que ele tomou o tempo em que permaneceu internado.
Ângela disse, ainda, que o menino está com uma vida normal se alimentando bem, conversando e se queixa pouco de dores e que tem um sono tranquilo.
A cadeira de rodas que Fábio usa é fruto de doação de duas empresas que se uniram para dar mais qualidade de vida ao garoto.
A casa não precisou receber adaptações para a nova vida do menino, mas na casa que pretende construir Ânglea pretende fazer um banheiro maior para facilitar a vida de ambos na hora do banho, quando é necessário o uso de uma cadeira adaptada.
Para fazer a casa, ela necessita de doações de materiais, como tijolos, telhas e madeiramento. “Já tenho uma parte de tijolo, mas se for possível as pessoas doarem alguns materiais, seria melhor. Não peço dinheiro, e sim pode fazer a doação direto dos materiais, que são mais caros e usam bastante como tijolo, madeira e telha, que o restante a gente vai se virando e dando um jeito para conseguir”, explicou.
A mãe do garoto Fábio teve que parar a sua vida para poder cuidar do filho, e tem trabalhado apenas em casa como manicure quando aparecem clientes.
“Eu trabalhei muito tempo em salão, só que depois do que aconteceu com o Fábio, eu fico o dia todo cuidando dele. Apesar de ele estar bem e forte, meu medo é sair e deixá-lo com os irmãos mais velhos, ou meu pai, e acontecer alguma e eu não estar por perto. Ai tenho atendido amigas e clientes em casa, porque posso ficar de olho nele”, informou .
O marido de Ângela que na época estava trabalhando fora de Mato Grosso, atualmente trabalha em uma empreiteira na Capital, mas têm ficado em casa, porque a empresa para por crise financeira e está com os serviços paralisados.
“Sair do aluguel que pagamos hoje em dia, seria a melhor coisa, pois teríamos a nossa casa, o nosso espaço para podermos viver e não depender mais do aluguel que é um dinheiro que vai e não tem volta. Quando recebemos alta, o prefeito (Emanuel Pinheiro) veio aqui em casa, gravou vídeo, disse que nos daria uma casa do projeto Minha Casa Minha Vida, porém, até hoje nada e não obtivemos mais contato” completou.
A família agradeceu as mensagens de apoio e incentivo que recebeu durante o tempo que Fábio ficou internado e também as doações de fraldas, leite e outras coisas vindas de pessoas se solidarizaram com a história.
“Apareceram pessoas dizendo que iriam ajudar, porém acabou só usando a imagem do meu filho para conseguir se tornar popular ou dizer que queria ajudar. Uma dessas pessoas organizou uma feijoada beneficente na Estância 21, e até hoje não passou o dinheiro para a nossa família, e nem poder cobrar podemos, que já somos ameaçados pelo organizador, finalizou.
Quem quiser doar materiais de construção para a família ou algum tipo de ajuda, pode entrar em contato com a Ângela Santana pelo telefone (65) 99223-7192.
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