A Secretaria de Saúde de Cuiabá está reforçando, mais uma vez, o chamamento da população para que compareça às unidades de saúde a fim de regularizar seus cartões de vacinação quanto à febre amarela. O município é considerado área afetada, ou seja, existe circulação viral para febre amarela e a vacina é a medida mais importante para prevenção e controle da doença.
O monitoramento das áreas consideradas críticas a fim de localizar e recolher os cadáveres de macacos suspeitos de Febre Amarela para serem encaminhados para exames laboratoriais é uma das ações preventivas. Outras medidas também foram adotadas a partir da localização do primeiro animal morto, como a intensificação das ações de orientação da população, bloqueio vetorial com bomba costal motorizada – combatendo também os focos de dengue, Zika e Chikungunya -, vacinação da população, monitoramento e investigação epidemiológica e atualização do cartão de vacinação na região Sul da capital e Zona Rural.
Nas salas de vacinação localizadas na Regional Sul – Regional onde foi confirmado o primeiro caso de FA num macaco -, as doses da vacina estão disponíveis de segunda a sexta-feira, das 07:30h às 11:00h e das 13:30h às 16:40h. Nas demais Regionais – Norte, Leste e Oeste -, a vacinação permanece segundo o agendamento já vigente.
A Responsável Técnica (RT) da Vigilância em Saúde, Valéria de Oliveira lembra que devem ser vacinadas as pessoas que não apresentarem doses anteriores no seu cartão de vacinação.
“A vacina contra a febre amarela é a medida mais importante para prevenção e controle da doença. A recomendação do Ministério da Saúde é de que seja feita prioritariamente nas áreas com risco de transmissão e que os municípios afetados ampliem a cobertura vacinal da população alvo, cuja faixa etária vai de nove meses de idade até as pessoas com 59 anos, 11 meses e 29 dias”, salientou Valeria de Oliveira.
As pessoas acima de 60 anos, gestantes e mulheres que estejam amamentando devem ser avaliadas pelos serviços de saúde antes de serem vacinadas e , muito importante, basta uma única dose da vacina para que a pessoa esteja imunizada.
Valéria de Oliveira apontou também as contraindicações para a vacina: as pessoas com imunodeficiência congênita ou adquirida; portadores de neoplasias malignas, em tratamento com corticosteroides em doses imunossupressoras; outras indicações terapêuticas imunodepressoras como nos casos de quimioterapia e ou radioterapia; as crianças menores de 6 meses de idade; as pessoas que tiveram reação alérgica após ingestão de ovo de galinha e os portadores de doenças neurológicas.
“Desde fevereiro, já encaminhamos 17 cadáveres de macacos para exames laboratoriais, cinco somente nesse mês de agosto. Um desses exemplares, recolhido no mês de março, no bairro Novo Esperança III, na região Sul, foi notificado como positivo para FA. Em relação aos demais, dois resultaram negativo, dois estavam em estado de decomposição, impossibilitando a coleta de material para diagnóstico, um deu resultado detectável e aguarda resultado final, dois tiveram resultado não detectável, mas o diagnóstico não está finalizado e nove casos aguardam investigação laboratorial”, explicou a médica veterinária e gestora do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS), Moema Couto Silva Blatt.
Segundo ela, desde que começaram a surgir os primeiros registros de mortes suspeitas de febre amarela, e de epizootias em primatas não humanos (PNH) no Brasil, a Diretoria de Vigilância em Saúde de Cuiabá (DIVISA), vem trabalhando, na capital, seguindo as orientações previstas no plano de ação de vigilância de epizootias.
Para tirar dúvidas da população em relação à vacinação, a SMS de Cuiabá disponibilizou o telefone 3617 7309 e, para que a população possa comunicar casos de macacos doentes ou mortos, a Vigilância em Zoonoses tem os telefones, 3617 1689 ou 3617 1683.