Jurídico

Juíza autoriza envio de provas de caixa 2 na campanha de Taques à PGR

Atendendo solicitação Ministério Público Estadual (MPE), por meio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), a juíza Selma Arruda, da 7ª Vara Contra o Crime Organizado, autorizou o compartilhamento de provas com a Procuradoria Geral da República (PGR) sobre suposto "caixa 2" na campanha do governador Pedro Taques (PSDB) em 2014.

O documento do Gaeco foi assinado pelos promotores Marcos Bulhões,  Rodrigo de Araújo Braga Arruda, César Danilo Ribeiro de Novais, Carlos Roberto Zarour César e Samuel Frungilo, com data do último dia 03.

“Tendo o réu Alan Ayoub Malouf alegado em sua defesa/confissão que agiu a pedido do governador do estado de Mato Grosso, José Pedro Gonçalves Taques, bem como mencionou de forma comprometida o deputado federal Nilson Leitão, o Ministério Público requer o compartilhamento de provas com a Procuradoria-Geral da República, para as providência que entenderem pertinentes”, diz requerimento.

Pedro Taques que é procurador da república está devidamente afastado do cargo desde que assumiu seu mandato como governador. Ele foi citado na delação premiada do empresário Alan Malouf, que disse ter acatado o pedido do chefe do Executivo no pagamento de Caixa 2 na última campanha.

Em troca da propina, Taques teria autorizado um esquema de desvio de dinheiro dentro da Secretaria de Educação do Estado (Seduc), por meio de fraudes em licitações de obras públicas para quitar empréstimo ilegal do empresário.

O escândalo da Seduc só foi descoberto na deflagração da Operação Rêmora, com mandados expedidos pela 7ª Vara. As ações também levaram a prisão do empresário Giovani Guizard, que logo depois firmou termo de colaboração premiada com o MPE.

Guizard na oportunidade, revelou a participação de Alan Malouf  – sócio do Buffet Leila Mallof –  que até então não havia sido levantado nas investigações. A informação consta no depoimento prestado pelo dono da Dínamo Construtora, no dia 16 de novembro de 2016. Quantia de R$ 10 milhões para abastecer a campanha do governador.

O delator revelou ainda à juíza que quando Alan o inseriu no esquema, já existia uma organização criminosa na pasta, de modo que contava com a participação do ex-secretário Permínio Pinto, do ex-servidor Fábio Frigeri e dos empreiteiros Leonardo Guimarães e Ricardo Sguarezi.

 

Redação

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