Manoel Nunes da Silva, acusado de participar do latrocínio da advogada Ana Antônia da Cunha, 68, em 2011, teve o pedido de prisão domiciliar negado pelo juiz Geraldo Fidelis da 2ª Vara Criminal de Cuiabá. O acusado foi diagnosticado com câncer de testículo e desejava tratar a enfermidade fora da cadeia. A decisão foi publicada no Diário de Justiça desta quarta-feira (17).
“Observo que a equipe de saúde da unidade informou que o penitente está recebendo tratamento adequado, sendo submetido a exames frequentes e consulta médica, conforme relato de fls. 228/232. Desse modo, deixo de acolher o pedido de prisão domiciliar, ante a ausência total de qualquer indicação médica para a realização de tratamento de saúde extramuros”, preferiu o juiz em decisão.
Manoel cumpre pena de 21 anos de prisão, depois de participar do latrocínio da advogada, em junho daquele ano. Além dele, o comerciante Abadia Paes Proença (24 anos de prisão) e o vendedor Marildes Rodrigues de Araújo (21 anos de prisão), também respondem pelo crime.
A advogada foi assassinada, com uma paulada na cabeça e deixada com mãos, coxas e pés amarrados. O cadáver só foi localizado 17 dias depois, trancado no quarto de sua casa, no bairro Araés.
Nesse intervalo, os latrocidas tiveram tempo suficiente para revirar e esvaziar a casa. Para evitar que o cheiro de putrefação não se concentrasse, os criminosos ainda abriram algumas janelas da residência.
Abadia teria apenas assistido à execução. Além de duas motocicletas e uma picape Saveiro, os criminosos roubaram uma geladeira e outros objetos, principalmente talões de cheques e também documentos da vítima.