Definindo a prisão de Paulo Taques como arbitrária, a defesa do ex-secretário da Casa Civil afirma, por meio de nota divulgada na tarde desta sexta-feira (4), que ele não cometeu crime de escuta ilegal ou que tenha ordenado que outras pessoas cometessem.
Paulo Taques teve prisão preventiva decretada, durante a manhã, pelo desembargador Orlando Perri sob suspeita de envolvimento em uma organização criminosa que atuava dentro do Palácio Paiaguás na prática de escutas clandestinas.
Apontado como o mentor das escutas ilegais, o ex-secretário é acusado de ter ordenado policiais militares a fazerem escutas telefônicas de pessoas que não cometeram nenhum tipo de crime.
De acordo com a defesa, o ex-secretário recebe com indignação o pedido de prisão, que considera abusiva e desnecessária.
A audiência de custódia de Paulo Taques no Fórum de Cuiabá terminou por volta das 17h30. Na saída, o advogado de defesa Rodrigo Leite informou que ele ir para a Polinter e que vai se pronunciar posteriomente sobre o caso.
Confira a nota na íntegra:
NOTA OFICIAL:
* recebe com absoluta estranheza o pedido de prisão, tanto pelo rol de justificativas suscitadas pelo desembargador Orlando de Almeida Perri quanto pelo caráter preventivo da prisão, absurdamente desnecessário sob o prisma legal;
* Paulo Taques, absoluta e diferentemente de ilações levantadas no texto da representação pela decretação de prisão, não obstruiu investigações ou agiu no sentido de estimular a ocultação ou destruição de provas inquisitoriais, mantendo-se fiel à sua conduta moral como cidadão e advogado;
* Dotado da prerrogativa do exercício profissional, como advogado regularmente inscrito sob o número 4.659 / OAB-MT, Paulo Taques retomou sua atuação ato contínuo à saída do cargo de secretário-chefe da Casa Civil de Mato Grosso;
* Paulo Taques segue à disposição do Judiciário e das autoridades policias mato-grossenses, como sempre o fez, para quaisquer esclarecimentos que tragam à luz, com clareza solar, a verdade.
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