O braço-direito do ex-governador Silval Barbosa, Silvio Correa, depõe na tarde desta sexta-feira (21) à juíza, Selma Arruda, da Vara Contra o Crime Organizado da Capital, na ação penal derivada da 4ª fase da Operação Sodoma. Ele nega participação nos equemas de corrupção, afirma que Silval sabia que teria retorno pessoal e que o empresário Alan Malouf queria tomar seu espaço na chefia de gabinete.
Acompanhe o depoimento:
15h07 – “No dia que veiculou que alguém estaria fazendo delação, o Pedro Nadaf estava na cela e acabei comentando que delator tinha que morrer".
Silvio reconhece apenas que, sobre a participação de SIlval, que sabia que teria o retorno.
O Chico Gomes o procurou para elaborar um ofício de um processo que era do interesse do Silval. "Se veicula que ele recebeu parte desse dinheiro também".
Ele relatou que sabia que o Silval Barbosa tinha uma dívida com o Piran e que isso seria pago com parte do dinheiro do retorno da desapropriação do terreno do Jardim liberdade.
Silvio ainda afirmou que a participação que ele teve foi uma única fez quando o Chico Lima levou o processo até ele e relata que o processo não passou pelo Condes (Conselho de Desenvolviento Social) e que ele assinou como se tivesse passado por lá. Silvio reconhece que a assinatura é dele, mas quanto a adulteração da data ele não tem conhecimento.
Segundo ele, Chico era lotado na Casa Civil e ganhou confiança do então governador. "Silval pedia uma demanda para ele, ele cuidava. Tantos as demandas normais quanto as excusas".
15h15 – Ele não sabia do valor da dívida com o Piran e que sabia que era desde a campanha do governo, por volta de 2010.
Silvio disse não poder afirmar com certeza se a dívida foi paga, mas “uma parte foi feita sim com certeza”.
Disse que não sabe da participação do Levi Machado, que não conhece Filinto Muller e que sabia que tinha uma dívida de R$ 1 milhão com o buffet de Malouf.
15h27 – Silvio afirma que não sabe como foi paga essa dívida, e que acredita que não foi a administração pública que pagou.
Diz desconhecer não sabe como foi feito o contrato e que o relacionamento institucional dele com o Nadaf era 'tumultado'.
"Eu tinha uma maneira de trabalhar e ele tinha outro. No dia a dia a gente procurava não manter muito contato. O Pedro queria ocupar o meu espaço. "Quando ele assumiu a Casa CIvil ele queria tomar conta do gabinete do governador".
15h35 – O advogado Goult perguntou ao reu se ele sabia de algo, algum comentário, que incriminava o Marcel. Ele disse que não sabia. Goulth perguntou se ele tinha conhecimento se ele sabia se o Marcel participava de um "grupo criminoso". APós alguns segundos de silêncio, o réu disse que preferia ficar em silencio. "Eu estou aqui para confessar o que eu pratiquei. Não estou aqui para incriminar ninguem", disse.
Depoimento encerrado.