Em Mato Grosso, nos cinco primeiros meses do ano, mais de 13 mil pessoas foram presas por práticas criminosas. Deste número, 10.435 correspondem a prisões em flagrantes e 2.575 mandados de prisão cumpridos.
O número de prisões registradas de janeiro a maio de 2017 é 10% maior do que o registrado no mesmo período de 2016, quando foram efetuadas presas 11.876 pessoas, sendo 9.574 em flagrantes e 2.302 por mandados cumpridos.
As unidades de Segurança Pública de Mato Grosso têm deflagrado várias operações conjuntas para promover o enfrentamento à criminalidade. De janeiro a junho, foram realizadas 21 operações integradas nos 141 municípios do estado.
Somente nestas ações, 2.252 pessoas foram presas. Deste total, 1.059 foram em flagrante delito. As ações fazem parte da metodologia de trabalho da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) para o enfrentamento dos principais índices criminais: homicídio, roubo e furto.
O planejamento das operações inclui atividades ostensivas e preventivas, tais como blitzes da Lei Seca, bloqueios, rondas, fiscalização de estabelecimentos comerciais e abordagens a veículos e pessoas.
As operações integradas desencadeadas no estado apreenderam ainda 247 armas de fogo, abordaram mais de 82 mil pessoas, localizara 193 veículos e mais de 223 quilos de drogas foram tirados de circulação.
Entre as ações integradas, está a operação Bairro Seguro. Só nos primeiros seis meses do ano, foram realizadas sete edições. Esta iniciativa é baseada em um minucioso levantamento dos setores de Inteligência e do planejamento integrado estratégico, tático e operacional, visando intensificar o policiamento nas cidades, com aumento do número de policiais e viaturas nas ruas.
Para o secretário de Estado de Segurança Pública, Rogers Jarbas, Mato Grosso está experimentando, pela primeira vez ao longo da história, o fortalecimento efetivo do sistema de segurança pública.
“Os investimentos do Governo do Estado, aliados a uma metodologia de trabalho cada vez mais alicerçada em métodos e técnicas de primeira ordem, em tecnologia de ponta, análise criminal, inteligência policial e interação dos vários órgãos afetos a segurança pública, somados ao comprometimento de nossos profissionais, têm possibilitado às forças de segurança estadual a realização de milhares de prisões, superando, inclusive, o ano de 2016, com recorde de apreensão de armas e drogas ilegais. Com a valorização que a segurança pública tem recebido do governador Pedro Taques, tornaremos, nos próximos anos, o sistema de segurança pública num dos melhores do país”, disse Rogers Jarbas.
Participam das operações profissionais da Polícia Militar (PM), Polícia Judiciária Civil (PJC), Corpo de Bombeiros Militar (CBM), Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) e o Departamento Estadual de Trânsito (Detran), entre outras instituições parceiras.
Fiscalização
Outra frente de atuação das operações integradas são as fiscalizações em estabelecimentos comerciais feitas pelo Corpo de Bombeiros Militar. De janeiro a junho de 2017, os militares realizaram 774 fiscalizações em bares e lanchonetes. O trabalho é feito por uma dupla de militares que vai aos locais, em apoio às ações da Polícia Militar, nas operações da região metropolitana e do interior do estado.
“São ações inopinadas e denúncias. E, nesse caso, o Corpo de Bombeiros emite um termo de notificação ao local com prazo determinado para regularização. Ao final do prazo, se o estabelecimento continuar com pendências, recebe uma segunda notificação e uma multa. E, se perdurarem as irregularidades, ele recebe uma segunda multa e é interditado”, disse o diretor-adjunto de Segurança Contra Incêndio e Pânico, major BM Heitor Fernandes da Luz.
Além disso, segundo o militar, a partir do momento em que a edificação tem que se regularizar, o Corpo de Bombeiros começa a coibir pequenos empresários que estão às margens da lei, e que muitas vezes trabalham com venda de droga ou ponto de prostituição.
“A ação integrada do Corpo de Bombeiros nas operações da Segurança Pública é ótima, pois conseguimos alcançar muitas edificações pequenas que estão às margens da lei, e que em outras situações seria muito difícil nós chegarmos”, falou o major BM Heitor.