Ainda sem ter conhecimento da matéria veiculada pelo Estado de S.Paulo, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PR), criticou a repercussão dos acordos de delação. Nesta manhã de segunda-feira (10), o jornal anunciou um termo de colaboração premiada (delação) firmado pelo ex-deputado José Riva, constando uma acusação contra Maggi, que teria pagado R$ 260 milhões em precatórios para obter apoio dos parlamentares do Legislativo Estadual, quando era governador do Estado.
“Para sair dos problemas, as pessoas acabam empurrando para os outros. Não conheço, não tinha isso, nunca teve”, disparou o ministro, durante Fórum das Cadeias Produtivas, realizado nesta manhã na 53ª Expoagro.
Conforme o jornal, o acordo teria sido feito na semana passada pela Procuradoria Geral da República e envolveria o período em que Maggi chefiou o executivo durante os oito anos de mandato, entre 2003 e 2010.
Ao ser questionado sobre a tal “compra de deputados”, Maggi negou saber da notícia e se defendeu. “Nunca tive esse tipo de procedimento e a minha política foi muita clara, muito transparente. Tenho que tomar conhecimento pois não vi. Para mim, o tratamento na Assembleia Legislativa sempre foi o mesmo e vai continuar sendo”, disse.
Blairo foi citado anteriormente por José Riva, durante uma confissão acerca de uma ação penal oriunda da Operação Imperador, em relação a um “mensalinho” que beneficiou 33 políticos. Há duas semanas, o ministro também teria sido citado pelo ex-secretário de Estado, Pedro Nadaf, como tendo participado de esquemas de corrupção.
“As delações são assim, ultimamente as pessoas falam as coisas e depois a gente tem que sair correndo para se defender. Esperamos o processo, deixa a justiça tomar conta desse assunto. Não tenho como ficar respondendo a cada delação que vem”, afirmou.
Delação desmentida
Poucas horas após a veiculação da matéria, a defesa de José Riva divulgou uma nota desmentindo o acordo de delação premiada com a PGR e que jamais teriam prestado depoimento com as informações contidas na reportagem.
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