O ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), negou a existência de possível acordo entre partidos para promover uma transição no Palácio do Planalto para uma gestão do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM).
De acordo com a informação ventilada nos bastidores políticos de Brasília (DF), mesmo com a mudança, Maggi seria um dos ministros que continuariam na equipe de Governo.
“Não há essa tratativa. Penso que nem o Rodrigo Maia ou qualquer outra pessoa pense em uma substituição. O que nós temos é um processo legal dentro da Câmara dos Deputados, que terá um final”, disse Maggi, durante abertura da 53ª Expoagro, nesta sexta-feira (7), na Capital.
Como mostrou reportagem da Folha de S.Paulo, as articulações para que Maia substitua Michel Temer no Palácio do Planalto ganharam corpo na base governista e já foram discutidas inclusive na residência oficial do presidente da Câmara, em Brasília.
A denúncia por corrupção passiva apresentada contra Temer e o rápido derretimento do capital político do governo mudaram o comportamento de Maia nos bastidores e levaram a classe política a enxergar no presidente da Câmara, primeiro na linha sucessória, um potencial novo centro de poder do país.
No entanto, Maggi defende a permanência de Temer, mesmo com as denúncias de corrupção.
“Defendo a posição de que o presidente deve permanecer e que a Câmara [Federal] não aceite o pedido de denúncia contra o presidente e que deixe esse momento do processo para o final do mandato”, declarou.
Pensando na economia
Para o ministro, o País, após os escândalos envolvendo Temer e executivos do grupo JBS, volta a se recuperar economicamente.
“Penso que a economia do Brasil começa a andar bem neste momento. Nós já tínhamos começado a alçar voo, vieram as denúncias e nós paramos. Começamos novamente uma retomada. É importante a economia crescer, pois isso significa novos postos de trabalho, salário e aumento de consumo”, declarou.
“Defendo a continuidade do presidente Temer, pois acredito que a melhor solução neste momento”, completou.
Maggi, no entanto, ressaltou que a economia brasileira tende a crescer, independente de quem estiver no comando.
“O Brasil nos últimos 30 anos passou por vários processos de crises econômicas. Também tivemos crises políticas, como dois impeachments. Mas, em todos esses momentos, o Brasil soube resolver tais problemas dentro das instituições. Não será diferente agora”, afirmou.
“A economia vai continuar [a crescer] haja o que houver, tenha a decisão que tiver”, pontuou.
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