O deputado federal de Mato Grosso, Júlio Campos (DEM), afirmou que caso os descontes do PSB migrem para o Democratas não terão mordomias, a exemplo do que aconteceu com o deputado Valtenir Pereira, quando migrou do PMDB para PSB.
Em entrevista recente, o deputado estadual Dilmar DalBosco (DEM) disse ter oferecido cargos na diretoria e, até mesmo, na presidência regional do DEM. Contudo, Júlio explicou que como o DEM possui diretórios, e não Comissões como o PSB, não há a possibilidade de nomear qualquer político à presidência, já que isso ocorre por meio de eleições dentro do partido.
“Nós temos diretório municipais efetivos, eleitos pela convenção. Não é provisório. Você não pode destituir um diretório municipal sem nenhuma razão, e teria que haver uma renúncia coletiva. Nesse momento é impossível. No ano que vem, com as novas eleições para os diretórios, eles teriam direito a participar da disputa no partido a nível estadual e municipal”, disse Julio Campos em entrevista à Rádio Capital na manhã desta quarta-feira (5).
Otimista, Júlio afirmou que dentro do Democratas, os socialistas poderiam continuar com os projetos para as Eleições 2018, no caso de reeleição dos deputados federais Fábio Garcia e Adilton Sachetti. “Enfim, dentro do DEM eles estariam em casa, poderiam até fazer um projeto a nível estadual”, diz.
O movimento é articulado pelo presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que busca angariar a filiação dos descontentes com a decisão da Executiva Nacional do PSB e contrariados com o governo de Michel Temer (PMDB).
“O projeto do Democratas é um projeto nacional e também estadual. Estamos até com a perspectiva de recebermos novas adesões, novos companheiros e até mesmo o pessoal do PSB, os deputados Fábio Garcia, [Adilton] Sachetti, os deputados estaduais liderados pelo presidente da Assembleia Eduardo Botelho e demais parlamentares estão convidados para o partido”, ressaltou Campos.
Os socialistas, entretanto, afirmam em entrevistas que não tem interesse de deixar a Sigla, e pretendem buscar meios juridicos e políticos para que o atual presidente nacional, Valtenir Pereira, saía do posto.
Retorno à política
Em Março de 2017, Jaime Campos, após anos de tratamento no fígado realizou um transplante em Fortaleza, no Ceará. Hoje, meses depois, conseguiu a cura. Ele conta que nessa época não pensava em retornar a vida política e se dedicou apenas a saúde, contudo, hoje, a visão é outra.
“Não vou dizer que dessa água não beberei porque naquele período eu estava em um momento crítico da minha doença. Uma cirrose em grau elevado e eu já estava praticamente me entregando. Mas agora, regenerado, eu acho que posso ser útil a mato grosso. Ajudando o desenvolvimento do Estado, ajudando os meus companheiros e servindo a população de Mato Grosso”, afirma.
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