O prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (PMDB) defendeu a manutenção da emenda da bancada federal para equipar o novo Pronto Socorro e Hospital de Cuiabá. O valor de R$ 82 milhões está sendo cobiçado pelo Governo do Estado para ajudar a custear a saúde, que possui déficit de quase R$ 500 milhões.
“Eu já deixei minha posição, este recurso é uma emenda da bancada federal para equipar o novo Pronto Socorro. Nós temos que garantir essa conquista, garantir a emenda de R$ 82 milhões para licitar o equipamento do Pronto Socorro, não pode ser diferente disso”, afirmou Pinheiro, nesta quarta-feira (28).
Por temer uma situação instável futuramente, o prefeito se posicionou pela manutenção da proposta original. Ele lembrou que a obra física da nova unidade hospitalar está prevista para ser concluída em abril de 2018, no aniversário de 299 anos da capital mato-grossense.
Ele ressaltou também que a maior interessada na obra é a população cuiabana. “A posição do prefeito é que se mantenha a proposta original da bancada federal. É necessário entregar a obra com ela toda equipada, não tem sentido entregar ela só o prédio”, criticou.
Pinheiro, entretanto, disse que se a bancada decidir pelo remanejamento do recurso para o custeio da saúde, a mudança teria que passar por uma garantia de que o Estado vai devolver o dinheiro em tempo hábil para equipar o novo P.S. “Qualquer mudança passaria por uma garantia muito segura de que em tempo hábil o governo poderia equipar”.
A crise da saúde
A destinação das emendas para amenizar o problema da saúde foi uma das soluções levantadas pelo Governo para ajudar a quitar cerca de R$ 162 milhões de repasse aos Hospitais Regionais, referente a dívidas do ano de 2017 e ajudar no custeio da saúde, que possui déficit de quase R$ 500 milhões, segundo o deputado estadual Dr. Leonardo.
A solução foi apontada após a possível utilização do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab) para este fim, ser rechaçada pelos prefeitos, Poderes e o setor produtivo.
Outra possível solução é a destinação de um crédito de cerca de R$ 80 milhões, que a Assembleia Legislativa de Mato Grosso tem com o Governo do Estado. Além disso, existe a possibilidade de os Poderes e órgãos independentes postergarem o recebimento de R$ 354 milhões, referente ao duodécimo (repasse constitucional), que está em atraso.
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