Produtores de girassol colhem a oleaginosa em Mato Grosso. É daqui que se origina a maior parte da produção, estimada em 50,1 mil toneladas nesta safra. A quantidade é bem superior (40,7%) à da temporada passada, de 35,6 mil (t). O volume produzido aumenta em função do tamanho da área plantada, que passou de 25,6 mil hectares em 2016 para 31,8 mil (ha) atualmente, conforme o 9º Levantamento de Safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Com a expansão da cultura, o Estado responde por mais da metade (54%) da produção nacional de girassol, estimada em 92,7 mil (t). Além de Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais destacam-se pela capacidade produtiva, com volumes de 21,6 e 13 mil toneladas, respectivamente.
Produtor de girassol no município de Campo Novo do Parecis, Rui Prado, iniciará a colheita nos 200 hectares ocupados com a cultura em julho. Em 2016 ele não plantou. “O mercado de girassol está bom, em relação, por exemplo, ao milho, que seria a outra opção de plantio”. Segundo ele, o clima favorece a produção.
Sem ocorrência de pragas e doenças até o momento, a estimativa da Conab é que os produtores mato-grossenses obtenham rendimento médio de 1,574 mil quilos por hectare nesta temporada, ante 1,390 mil kg/ha no ciclo anterior. A Conab estima que 80% da produção mato-grossense de girassol já esteja negociada. Entre os produtores que já venderam a produção está Miguel Bazila, que prevê colher 100 sacas por hectare da área de 650 hectares ocupados com girassol. “No ano passado não plantei nada, mas este ano plantei e já fechei negócio, em contrato com preço garantido”.
A venda foi firmada com a saca de girassol cotada a R$ 42. Ele também semeou milho pipoca, milho, soja e algodão. O preço médio praticado está em torno de R$ 43, para a saca de 60 quilos. Produtores de Campo Novo do Parecis comercializam a maior parte da produção com indústrias instaladas no próprio município. Após processados, os grãos de girassol são convertidos em óleo bruto e subprodutos como farelo, amêndoas e farinha protéica e cascas para produção de bioplásticos.
A cultura do girassol reforça a diversificação da produção na propriedade de Renato Brick, em Campo Novo do Parecis. Nesta safra ele plantou soja, milho, milho pipoca e girassol. “Esse ano plantei um pouco menos porque a janela estava boa para milho e milho pipoca”. O girassol semeado começa a ser colhido agora, neste fim de junho e início de julho, afirma.