O secretário do Gabinete de Comunicação do Estado (Gcom-MT), Kleber Lima, classificou como “mentira” as críticas de parlamentares federais, contrários ao remanejamento de emendas de R$ 80 milhões, para o custeio da saúde estadual.
Os parlamentares temem que o Governo do Estado não reponha o dinheiro, que, inicialmente, está destinado para a compra de equipamentos do novo Hospital e Pronto Socorro de Cuiabá. O hospital está em fase de construção e tem previsão de ser concluído até abril do ano de 2018.
“Chega a ser absurda a crítica feita pelo deputado Valtenir [Pereira] e outros como o senador Wellington Fagundes, de que o governo não devolverá esse dinheiro. Isso é uma mentira deslavada, de quem não conhece a realidade da saúde de Mato Grosso ou não tem compromisso de resolver o problema”, disse.
De acordo com o secretário, eles querem fazer “exploração política barata” em cima de um assunto que é fundamental, como a saúde pública. Kleber argumentou também que a obra do novo P.S. é “mais do Governo do Estado do que da Prefeitura”, uma vez que o Estado aportou mais de R$ 50 milhões, dos R$ 80 mi para construção da unidade hospitalar.
“Não é verdade que Cuiabá vai perder esse recurso. Cuiabá ganha mais saúde com Pedro Taques, ganhará o novo P.S. Dos R$ 80 milhões, R$ 50 milhões dsão do Governo do Estado. Então, não há que se falar em prejuízo a Cuiabá. Não há que se falar de que o Governo não gosta de Cuiabá”, afirmou.
Segundo Kleber, caso a bancada autorize o remanejamento, este valor estará inserido na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2018, pois somente desta maneira, seria possível garantir a reposição do recurso no ano que vem.
“A ideia é aproveitar esse dinheiro [das emendas], agora que ele está disponível, uma vez que não é momento de se equipar o hospital. A obra física não terminou e quando chegar o momento de equipar, o Governo se compromete a repor o dinheiro. Como o governador disse, ele vai entregar o hospital concluído e equipado”, garantiu Kleber.
Destinação das emendas
Ainda de acordo com o secretário Kleber Lima, a ideia do governo é utilizar este dinheiro das emendas para quitar a dívida que o Governo tem com os municípios de Cuiabá e Várzea Grande. Segundo Kleber, a dívida está em torno de R$ 20 milhões, sendo R$ 12 mi para Cuiabá e o restante para VG.
Até o mês de maio, o Estado devia mais de R$ 160 milhões aos sete hospitais regionais do Estado somente do ano de 2017. O Governo conseguiu pagar mais de R$ 100 milhões, enquanto o restante da dívida não foi pago, pois os fornecedores precisam apresentar os comprovantes de que os serviços foram prestados.
Porém, o secretário explicou que o Governo deve mais de R$ 100 milhões referentes os passivos dos anos passados. Dos R$ 80 milhões das emendas, cerca de R$ 20 seriam destinados para a baixada cuiabana e os R$ 60 mi restantes distribuídos em todo o Estado. Segundo Kleber, desta maneira, o passivo ficaria “zerado”.
“O esforço do Governo para encontrar outras fontes de financiamento pra saúde é para que esses pagamentos não voltem a atrasar, para que eles continuem em dia. Continuando em dia, você não vai ter problema de fechamento de hospital regional por falta de repasse, então já dá uma aliviada, inclusive em Cuiabá”, afirmou Kleber Lima.
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