Política

Fagundes: omissão do Governo acarretou crise na saúde

O senador Wellington Fagundes (PR) disse que a omissão e falta de planejamento do governador Pedro Taques (PSDB) travaram trabalhos para impedir a crise da saúde em Mato Grosso, cuja dívida com os municípios pode chegar a R$ 300 milhões até o fim do ano.

Fagundes afirmou que no ano passado Taques foi convidado para participar de discussão sobre os atrasos, junto com o Ministério da Saúde, para avaliar a situação da rede pública. Segundo ele, foi solicitado ao Governo um levantamento para dimensionar o tamanho da dívida à época para a elaboração de plano de contenção.

Mas o Governo, simplesmente, se omitiu. Não apresentou um quadro da solução do problema que já havia sido previsto que traria a essa crise que estamos vendo agora. Somado à falta de planejamento, essa falta de diálogo fez criar a crise

“Mas o Governo, simplesmente, se omitiu. Não apresentou um quadro da solução do problema que já havia sido previsto que traria a essa crise que estamos vendo agora. Somado à falta de planejamento, essa falta de diálogo fez criar a crise”, disse o senador em entrevista na quinta-feira (22).

Ele ainda disse que a recusa do Executivo em debater o problema “colocou todos os municípios em dificuldade”, exigindo recorrer a medidas que atrasam trabalhos em outras frentes de serviços. Fagundes faz referência ao pedido do governador de realocação de R$ 80 milhões em emendas parlamentares, previstas para compra de equipamentos para novo Hospital Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá, para socorrer a crise da saúde.

“Emendas estão bem definidas para a compra de equipamentos para o novo pronto-socorro de Cuiabá, que não vai atender somente à Capital, mas todo o Estado. E a situação também fica mais difícil para análise do Ministério da Saúde, que terá que liberar dinheiro para pagar dívida já feita”.

Alternativa

Nesta quinta-feira (22), Taques afirmou que o governo deve buscar garantias para a aquisição de equipamentos do novo Hospital Pronto Socorro Municipal de Cuiabá, que deve ter suas obras concluídas em abril do ano que vem.

Para a aquisição de tais equipamentos, a bancada federal de Mato Grosso já havia reservado R$ 80 milhões de emendas parlamentares. No entanto, devido a crise na saúde, em que o Governo do Estado enfrenta dificuldades para o custeio da área, o montante pode ser remanejado para “salvar” o Executivo.

De acordo com Taques o remanejamento das emendas da bancada federal ainda está sendo discutido. Tanto é que na tarde desta quinta-feira (22) o tucano se reuniu com os vereadores da Capital, que defendem a destinação das emendas para o novo pronto-socorro.

 

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Redação

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