O governador Pedro Taques (PSDB) respondeu as criticas do deputado federal Valtenir Pereira (PSB) e do senador Wellington Fagundes (PR), contrários ao remanejamento de uma emenda no valor de R$ 80 milhões para o custeio da saúde estadual. A emenda, que já está com parte contigenciada, tem como destino inicial a aquisição de equipamentos para o novo Hospital e Pronto Socorro Municipal de Cuiabá, com conclusão das obras previstas para abril de 2019.
“Vocês acham que eu seria idiota de deixar um hospital pronto fechado?”, questionou Taques, ao final da reunião com os vereadores por Cuiabá, realizada nesta quinta-feira (22), no Palácio Paiaguás.
Os dois parlamentares temem que o Governo do Estado não honre o compromisso de repor esta verba a tempo, fazendo com que o local esteja pronto, mas sem funcionamento.
Pedro Taques disse também que não gostaria de politizar o assunto. “Precisamos da bancada para nos ajudar. O que eu não gostaria é de politizar este assunto, que é um assunto da saúde publica. Eu quero ressaltar aqui, a importância da bancada para nos trazer dinheiro”, afirmou o governador.
Taques disse que não vai fazer “politicalha” com o assunto e que ele e o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB), têm conversado de “forma republicana”. “Não há divergência a respeito disso, temos que deixar a politicalha de lado”.
"Carona"
O governador criticou a postura de parlamentares que tem se posicionado contrário ao remanejamento da emenda, a exemplo de Valtenir e Wellington. Para o governador, os parlamentares querem “pegar carona” na construção do novo Hospital.
“Nós iniciamos a construção do hospital e agora tem gente que quer pegar carona nisso. Este é um compromisso de campanha e estamos cumprindo, quando muitos que aqui estavam não fizeram nada, é bom que se diga”, disse.
Sobre a garantia de que o Governo do Estado iria cumprir o compromisso de repor o dinheiro da emenda, para comprar os equipamentos para o novo Pronto Socorro, ele ressaltou que o Estado colocou 65% da verba destinada para a construção da nova unidade.
“Nós vamos terminar o hospital e para desespero de muitos, equipar o hospital”, garantiu o chefe do Executivo Estadual.
Caos na saúde
O remanejamento da emenda é tido como uma solução para amenizar a crise na saúde estadual, que devia até o mês de maio, aos sete hospitais regionais, mais de R$ 160 milhões. Deste montante, mais de 100 milhões já foram pagos.
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