Foto: Ahmad Jarrah/Arquivo CMT
O líder da bancada mato-grossense em Brasília (DF), deputado federal Victório Galli (PSC), afirmou que alguns parlamentares defendem que o Governo do Estado apresente garantias de que irá conseguir arcar com a compra de equipamentos do novo Hospital Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá, antes da conclusão da obra, esperada para abril de 2018.
Isso porque, o governador Pedro Taques (PSDB) articula o remanejamento da emenda parlamentar da bancada de quase R$ 82 milhões que, inicialmente, estava programada para a aquisição de tais equipamentos.
A intensão é que o montante ajude o Estado a quitar dívida com os sete hospitais regionais. Até o último mês, o Executivo acumulou um passivo de R$ 162 milhões com as unidades de saúde, sendo que já foram pagos R$ 110 milhões.
De acordo com Galli, o prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB) já demonstrou preocupação com o remanejamento, mas se mostrou disposto a aceitar a decisão da bancada.
“O prefeito Emanuel está tranquilo. Ele prefere que essa emenda de bancada seja mantida como a proposta original: que vá para o Estado comprar os equipamentos para o Pronto Socorro. Ele, no entanto, não se opõe, pois está disposto a aceitar o que a bancada decidir. A preocupação dele é que inaugurando o Pronto Socorro, onde iremos conseguir o dinheiro para a compra de equipamentos. De uma forma ou de outra, queremos uma garantia por parte do Governo, para a compra desses equipamentos” afirmou o deputado em entrevista à Rádio Capital FM, Na manhã desta segunda-feira (19).
Segundo o líder, nesta semana o Governo do Estado deve apresentar uma planilha detalhando os números e atrasos na área da saúde. A partir disso, de acordo com Galli, os deputados e senadores irão decidir se destinam ou não o valor.
“Cada parlamentar irá fazer o seu estudo e vamos decidir o que será feito. Os R$ 82 milhões não vão resolver o problema da saúde em Mato Grosso, mas vamos esperar a planilha que o governador prometeu enviar”, declarou.
Galli ainda disse que alguns parlamentares também propõem que emenda de bancada deste ano também seja destinada para o custeio da saúde.
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