O ex-governador, Silval Barbosa (PMDB), declarou que o ex-secretário chefe da Casa Civil, Pedro Nadaf, assumiu o papel de Eder Moraes em sua gestão, em 2012. Nadaf foi o “homem forte” do governo Silval e um dos principais aliados ao gestor na organização criminosa que visava arrecadar recursos para saldar dívidas de campanha adquiridas em sua campanha eleitoral no ano de 2010.
A revelação está na decisão proferida pela juíza Selma Arruda, da Vara Contra o Crime Organizado da Capital, na qual revogou a prisão preventiva de Silval, após 1 ano e 9 meses no Centro de Custódia da Capital (CCC), em decorrência de três mandados de prisão na Operação Sodoma.
Eder Moraes foi um dos principais cabeças de um suposto esquema de lavagem de dinheiro e crimes financeiros em Mato Grosso, que teve início no governo Blairo Maggi, e culminaram na Operação Ararath.
Assim como Eder, Nadaf também foi uma das pessoas responsável por influenciar empresários a darem recursos para a campanha eleitoral em 2010.
“Mas mesmo antes disso [de ser nomeado secretário], já operavam na obtenção de propinas na SICME na concessão de incentivos fiscais e créditos tributários a empresas sediadas no Estado, sendo que, a partir de 2013, enquanto chefe da Casa Civil, PEDRO também exercia o papel de articulador entre os Secretários bem como agia administrando o pagamento das dívidas contraídas pelo grupo criminoso e mantinha contato com operadores financeiros”, diz trecho da decisão.
Pedro Nadaf foi um, dos 12 citados pelo ex-governador como participação ativa na organização criminosa investigada na Operação Sodoma.