Motoristas e outros funcionários do setor de transporte coletivo de Cuiabá e Várzea Grande aceitaram contraproposta de empresários e suspenderam indicativo de greve. A decisão foi votada nesta sexta-feira (9), em dois turnos, em assembleia geral.
“Não é a proposta que tínhamos feito, mas devido ao cenário de crise do País aceitamos a contraproposta com reajuste no salário, no abono e no tíquete alimentação, com validade retroativa a 1º de maio”, disse o diretor de comunicação do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários da Baixada Cuiabana (Sintrobac), Edval Luiz de Souza.
Segundo ele, os salários dos motoristas terão reajuste de 4% (eles pediam 15%), com cálculo de revisão referente ao Dia do Trabalhador, a data base para negociação salarial. Também tiveram aumento no abono salarial, recebido por jornada sem apoio de cobrador, de R$ 230 para R$ 250.
O diretor disse ainda que conseguiram negociar reajuste do tíquete de alimentação em duas etapas e a prestação de benefícios para funcionários que venham a ficar encostado pelo INSS a partir de hoje. O valor do tíquete passa de R$ 145 para R$ 200 neste momento e em dezembro terá novo reajuste de 10% sobre valor corrigido (R$ 220).
Os empresários também aceitaram disponibilizar cesta básica e tíquete de alimentação para casos de funcionários que ficarem até 90 dias afastados do emprego por determinação da Previdência.
“A negociação vale para os trabalhadores de Cuiabá e de Várzea Grande. Eles compreenderam o momento de crise do País e concordaram com o que foi negociado, por isso decidimos suspender a greve.”
Cerca de 5 mil pessoas estão empregadas hoje no setor de serviço de transporte coletivo em Cuiabá e Várzea Grande, onde circulam cerca de 450 carros.
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