Política

Taques nega prática de caixa 2 e se diz indignado com acusação

Foto: Andréa Lobo/CMT

O governador Pedro Taques (PSDB) chamou de mentirosas as declarações do empresário Alan Malouf durante depoimento em audiência referente a ação penal derivada da 3ª fase da Operação Rêmora, denominada Grão Vizir.

Na tarde desta quinta-feira (8), o réu reafirmou seu depoimento ao Gaeco em dezembro do ano passado: que participou do esquema de fraudes a licitações e cobrança de propina de empresários que tinham contratos com a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) para recuperar o dinheiro pago em uma dívida de campanha não declarada de Taques, nas eleições de 2014.

Conforme Alan, Taques tinha conhecimento do caixa 2, uma vez que o próprio governador teria pedido ajuda para saldar tal dívida.

Por meio de nota, Taques negou a existência da irregularidade.

“O governador Pedro Taques reagiu com indignação às declarações mentirosas, irresponsáveis, levianas e sem provas do senhor Alan Malouf sobre a existência de um suposto “caixa 2” na sua campanha de 2014”, diz trecho da nota enviada à imprensa.

“Não houve caixa dois em sua campanha e que sua prestação de contas foi aprovada sem ressalvas pela Justiça Eleitoral, onde pode ser acessada por qualquer pessoa”, completou.

Na nota, Taques também rebateu a acusação de que teria sido avisado sobre o esquema na Seduc e tranquilizado Alan, quando o empresário Giovani Guizardi (apontado como gestor do esquema) e o ex-secretário da Seduc, Permínio Pinto, foram presos, em decorrência da Operação Rêmora.

“O governador também esclarece que tomou todas as medidas que competiam ao Estado assim que a operação do MPE foi deflagrada para apurar a existência do esquema de conluio de empresários, entre os quais o senhor Alan Malouf, e servidores públicos para fraudar licitações na Secretaria de Estado de Educação”, disse.

“Portanto, o governador rechaça com veemência a insinuação mentirosa do senhor Alan Malouf – réu confesso de receber propina do esquema e apontado pelo MPE como líder da quadrilha – de que ele tivesse conhecimento prévio das ilegalidades”, diz outro trecho da nota.

Medidas

Entre as medidas, de acordo com o governador, foi realizada uma auditoria pela Controladoria Geral do Estado, e todos os servidores públicos citados foram exonerados (no caso dos exclusivamente comissionados) ou afastado de suas funções até conclusão do respectivo Processo de Administrativo Disciplinar (no caso do servidor efetivo).

Além disso, Taques ressaltou que dos 16 contratos denunciados pelo MPE nas três fases da operação, o Governo rescindiu 14 deles.

“Impedindo a materialização de prejuízos ao Erário, além de outras medidas, inclusive judiciais, para ressarcimento de valores que eventualmente tenham sido desviados dos cofres públicos. Dois contratos não foram rescindidos porque já estavam com sua execução praticamente concluída, sem prejuízo de eventuais sanções por comprovação de alguma ilegalidade”, declarou.

“O governador Pedro Taques reitera sua confiança na Justiça e no Ministério Público, e tem convicção que ao final das investigações e ações judiciais em curso, a verdade prevalecerá, e todos aqueles que tiverem responsabilidade nos crimes cometidos serão punidos na forma da lei”, pontuou.

Leia mais:

Empresário afirma que alertou governador sobre esquemas na Seduc

 

Redação

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