O Brasil está na etapa final do Plano Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (Pnefa). Com o objetivo de contribuir com propostas que atendam as demandas da pecuária mato-grossense e dos demais estados do país, a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) tem participado juntamente com outras entidades do setor produtivo rural de eventos, reuniões e grupos de discussão.
Nesta quinta-feira (8), o Grupo Técnico de Sanidade Animal da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) esteve reunido em videoconferência com representantes de 12 estados, sendo três Federações presenciais e representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para discutir propostas que podem impactar no plano de erradicação.
Durante a videoconferência, o auditor fiscal federal da agropecuária do Mapa Plínio Lopes apresentou dados oficiais da participação do setor produtivo na construção do plano. Segundo esses dados, o setor produtivo é responsável por nove propostas, o setor público fez quatro apontamentos e as Organizações da Sociedade de Interesse Público (OSCIP) fizeram uma sugestão, totalizando 14 documentos, sendo 10 propostas de ajustes e 4 comentários. O setor agropecuário/privado representa 60% dos envolvidos nos debates do Pnefa.
A agropecuária mato-grossense, por meio da Famato, em parceria com a Associação de Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Associação dos Criadores de Suínos (Acrismat), Associação Mato-grossense de Ovinos (Ovinomat) e a Associação de Produtores de Leite (Aproleite), encaminhou ao Mapa via CNA uma carta circular informando o posicionamento favorável ao novo Pnefa.
Na carta, o setor agropecuário apontou quatro pontos que devem ser discutidos e revistos. Os quatro pontos são: segurança nas faixas de fronteira, banco de vacina, financiamento para estruturação do programa e a avaliação com mais critério sobre a criação de um fundo nacional, pois existem estados que já possuem fundo estadual.
Segundo o diretor da Famato Antônio Carlos Carvalho de Sousa, que participou da videoconferência lá de Brasília, é preciso criar e manter condições sustentáveis para garantir o status do Brasil livre da febre aftosa sem vacinação, portanto, avaliou a necessidade da melhoria do sistema de segurança nas fronteiras, serviços veterinários, vigilância sanitária e diagnósticos precisos em casos eventuais de focos.
“A manutenção do status de livre de aftosa requer incrementos de barreiras, principalmente nos estados de fronteira, como Mato Grosso”, destacou Sousa.
A Famato se propôs a auxiliar nesse processo, estimulando a criação de comitês sanitários nos municípios com apoio dos sindicatos rurais do estado e ajudando no diálogo com o setor produtivo dos países fronteiriços como a Bolívia.
Também foram discutidas a oferta de insumos para diagnósticos de brucelose e de tuberculose animal, os impactos da operação Carne Fraca e o novo Regulamento de Inspeção Industrial Sanitária de Produtos de Origem Animal (RIISPOA), a revisão do Programa Nacional de Sanidade de Caprinos e Ovinos (PNSCO), a nova minuta de IN para consulta pública, validação do teste de Elisa e evolução no diagnóstico por Western Blot (WB).
Também participaram da videoconferência, em Cuiabá, o analista de pecuária da Famato Marcos de Carvalho, os representantes da Superintendência Federal da Agricultura de Mato Grosso (SFA-MT) Ângela Jardim Duarte Vieira, Janice Elena Barddal e José Assis Guaresqui.
Com Assessoria