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Uma criança de 12 anos de idade que foi dopada e estuprada no último final de semana (02) em um hotel no município de Várzea Grande (região metropolitana de Cuiabá-MT), segue internada no Hospital Júlio Muller, na Capital.
O acusado de cometer o crime, S.S.S., 42, segue foragido e a Polícia Civil está realizando buscas para prende-lo. A mãe da criança deve ser ouvida também pela PJC, assim que a filha receber alta, pois em depoimento no sábado (03), a irmã da vítima relatou que o acusado estaria abusando da garota a aproximadamente um ano e que a mãe teria conhecimento e dado consentimento a relação.
A vítima mora em Poconé (104 km de Cuiabá) com sua família. De acordo com a polícia, eles são uma família de origem humilde e o acusado, segundo conversas descobertas pelo aplicativo Whatsapp, prometia dar presentes a menor, leva-la para passear entre outras promessas.
O promotor da Infância e Juventude de Cuiabá, José Antônio, explicou que, se comprovada a conivência da mãe, se ela sabia dos fatos ou se, de alguma forma, vendeu a filha, vai responder criminalmente como co-autora pelo estupro. "Não importa classe social, mãe tem o poder familiar com mais dever do que poder. Não pode agredir, vender, fazer qualquer coisa com filho. E tem sim que cuidar, proteger, é o que diz a lei", detalha o promotor.
O crime
Na sexta-feira a garota chegou na Capital e o acusado levou a menina para passear em um shopping. Em seguida, o acusado levou a vítima para um hotel em Várzea Grande. A criança relatou a polícia que quando chegaram ao quarto do hotel, o homem preparou um suco para ela, e após isso ela começou a se sentir muito mal e tendo tonturas.
"Depois do suco, ela ficou desacordada e disse que não se recorda de nada que aconteceu. Ela não se recorda do abuso sexual, que ocorreu enquanto ela estava desacordada. Quando acordou, por volta das 21h, passou a vomitar muito, não conseguia ficar em pé e o suspeito, então, a colocou em um táxi e a levou de volta para Poconé", afirmou a investigadora de Polícia Civil Walkiria Filipaldi Corrêa.
A irmã da vítima relata que encontrou a criança caída em frente de casa como se estivesse drogada. A Polícia Militar foi acionada e encaminhou a vítima ao hospital, que constatou, por meio de exames, que ela foi dopada e abusada sexualmente.
As poucas coisas que a garota consegue se lembrar é que o homem informou que era do Paraná e prestava serviço a Shoppings da Capital, e que após tomar o suco não se recorda de mais nada.