Foto Andrea Lobo
Com Felipe Leonel
Servidores do Estado de Mato Grosso, convocados pelo Fórum Sindical, decidiram por paralisar as atividades durante 24 horas, no dia 7 de junho, em uma quarta-feira. Os trabalhadores se reuniram em Assembleia Unificada na tarde desta segunda-feira (29), na Praça das Bandeiras, em Cuiabá. Dois mil servidores, segundo a organização, compareceram na mobilização.
O ato vai contra a proposta de parcelamento da Revisão Geral Anual (RGA) apresentada pelo Governo de Mato Grosso na última sexta-feira (26). A intenção é pressionar o Governo para que pague a Revisão ainda neste ano de 2017. Na proposta do Governo, ela deve ser quitada em três vezes, sendo as duas primeiras de 2,15% e a última de 2,14%, totalizando 6,58%. O pagamento começaria a ser realizado apenas no ano de 2018.
O coordenador do Fórum, Oscarlino Alves, explica que a proposta do Fórum é para que o governador Pedro Taques (PSDB) pague a RGA dentro do exercício de 2017. "Era para ter pago em Maio, não pagou. Ele tem que pagar o que tá devendo do ano passado, 3,92%. Propomos que ele cumpra com as leis de carreira com relação as progressões, não aumente a alíquota previdenciária de 11% para 14%, como ele vem ameaçando. E todos os parcelamentos que ele fez, que ele pague ao menos no último dia de mandato dele, porque isso é perda que ele proporcionou aos trabalhadores", ressalta.
No dia 7 de junho os trabalhadores deverão acampar em frente a Assembleia Legislativa para tentar apoio dos parlamentares. "O Governo pode evitar a greve, desde que melhore a proposta e dialogue com o Fórum”, diz Oscarlino.
Segundo o sindicalista a tendência é de que sem o diálogo, os servidores – após o dia 7 – façam outra paralização de 48h, e assim caminha em definitivo para a greve.
O presidente do Sindicato dos Profissionais da Carreira da Área Meio do Poder Executivo do Estado de Mato Grosso (Sinpaig), Edmundo Cesar Leite, confirmou a presença da categoria no indicativo de greve. “O Fórum Sindical já se reuniu neste fim de semana e encaminhou ao Governo um estudo para análise para evitar esse movimento paredista. Se o governo não repensar nessa proposta apresenta, a greve será inevitável”, afirma o presidente.
Confira Imagens
Confira a fala do presidente do SIndicato dos trabalhadores do Ensino Público (Sintep), Henrique Lopes.
Mais informações em instantes.
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