Foto: Jorge William / Agência O Globo
FolhaPress
Após o presidente Michel Temer decretar o uso das Forças Armadas para a garantia da lei e ordem em Brasília, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello se disse preocupado com o contexto.
"Presidente, voto um pouco preocupado com o contexto e eu espero que a notícia não seja verdadeira. O chefe do poder Executivo teria editado um decreto autorizando o uso das Forças Armadas do Distrito Federal no período de 24 a 31 de maio", disse o ministro Marco Aurélio em sessão do STF.
O tribunal vota uma questão tributária nesta quarta (24).
Enquanto isso, na Câmara, deputados da base e da oposição se agrediram fisicamente durante sessão.
Rodrigo Maia (DEM-RJ) não estava presidindo a sessão quando a confusão começou. A sessão foi suspensa pelo vice-presidente, deputado Fufuca (PP-MA).
Depois, Maia voltou para pedir calma e suspendeu a sessão por 30 minutos.
A discussão ficou mais tensa depois que deputados disseram que Maia teria solicitado ao governo o apoio das Forças Armadas.
"Meu pedido ao governo foi pela Força Nacional. A decisão do governo foi pelo que ele achou necessário", disse o presidente da Câmara.
Mais cedo, alguns deputados ocuparam a Mesa Diretora, assim que Maia deixou o comando da sessão.
Eles gritavam "fora, Temer!" e "Diretas já!". Governistas revidaram com "Lula na cadeia".
Em determinado momento, foi aberta diante da mesa uma faixa onde se lia "#FORATEMER". O deputado Mauro Pereira (PMDB-RS) arrancou a faixa, dando início a um pequeno tumulto. Deputados chegaram a se empurrar.