Foto Willian Matos
Após a divulgação das delações do sdonos do grupo JBS, e crise política que voltou a ser instaurada no País, o senador José Medeiros (PSD-MT), vice-líder do Governo no Senado e aliado de primeira hora do presidente Michel Temer (PMDB), defendeu eleições diretas para a Presidência da República, caso o peemedebista renúncie ou seja afastado do cargo, por meio de um processo de impeachment, por exemplo.
O senador, em um vídeo públicado em seu perfil no Facebook, defendeu que a nova eleição seja realizada apenas com candidatos que não sejam investigados na Justiça. (veja o vídeo abaixo).
“Já começou um trabalho aqui entre os parlamentares no sentido de que tem que haver novas eleições diretas. Eu concordo que as eleições sejam diretas, mudemos a constituição e que o povo possa escolher”, afirmou Medeiros.
Medeiros teve papel de destaque ao defender o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), assim como realizar a defesa dos projetos propostos pelo Governo Federal no Senado.
A assessoria de imprensa do senador informou que o parlamentar vai aguardar a divulgação dos áudios que envolvem Michel Temer, para então tomar a decisão se sai ou não do cargo.
Na noite desta quarta-feira (17), o jornal “O Globo” revelou o teor de parte da delação firmada por um dos donos da empresa JBS, Joesley Batista, à Procuradoria-Geral da República (PGR). O empresário, em março deste ano, gravou o presidente dando aval para comprar o silêncio do deputado cassado e ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Na tarde desta quinta-feira (18), durante pronunciamento em Brasília (DF), Temer afirmou que não vai renunciar ao cargo e que não agiu para comprar o silêncio de Cunha.
Emenda
O senador adiantou também que vai apresentar uma emenda a proposta que prevê as eleições diretas, para que pessoas que são investigadas não participem da corrida eleitoral. Para Medeiros, a eleição indireta (na qual os parlamentares iriam votar para eleger o presidente) não resolve “os nossos problemas políticos”.
“Ah, mas tem o principio da presunção de inocência. Tudo bem, nesse caso vamos abrir uma exceção e falar: para presidente da República ele não pode estar sendo investigado, não pode pesar sobre ele nenhuma macula, nenhuma mancha que venha no futuro trazer novamente uma crise politica para o Brasil”, afirmou.
Temer não renúncia
O presidente Michel Temer anunciou no início desta tarde (18), que não irá renunciar ao posto e exigiu uma investigação rápida da denúncia em que é citado. “Não renunciarei. Repito não renunciarei”, afirmou Temer.
Esta foi a primeira fala de Temer após a divulgação da notícia em que é citado no O Globo. A reportagem traz a denuncia de que Temer teria dado aval ao dono da JBS, Joesley Batista, para comprar o silêncio do ex-deputado e ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB).
“Sei o que fiz e sei da correção dos meus atos, e exijo investigação plena e muito rápida para os esclarecimentos ao povo brasileiro. Essa situação de dúvida não pode persistir por muito tempo”, disse Temer, em pronunciamento.
Vídeo
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