Foto José Medeiros
No primeiro compromisso nos Estados Unidos, o governador Pedro Taques, participou do GRI Infra Latin America com 90 líderes executivos do setor de infraestrutura e destacou o potencial de Mato Grosso na produção de alimentos e a necessidade de melhoria na infraestrutura para escoamento da produção.
Aos investidores, o mato-grossense ainda destacou a necessidade de o Brasil dar segurança jurídica, com marcos regulatórios sérios que estimule os investimentos.
Ao apresentar Mato Grosso aos investidores, Taques ressaltou a dimensão continental do estado e o volume de produção atual. Pontou que a produção mato-grossense é a que mais ajuda a balança comercial brasileira. Demonstrando em números, Taques disse que o Brasil exportou em 2016 US$ 100 bilhões, sendo US$ 22 bilhões do que foi produzido em São Paulo e outros US$ 16 bilhões correspondentes a produção de Mato Grosso, com superávit de US$ 13 bilhões na balança comercial.
Taques lembrou dados da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), de que o atual estoque de alimentos no mundo é de 70 dias. Destacou que a população mundial deve crescer em mais 2 bilhões de pessoas até 2050 e de que necessário garantir o aumento da produção em 60%. “Desse montante, o Brasil deverá ser responsável de garantir 60%, sendo que Mato Grosso tem potencial para corresponder a 40% do montante brasileiro”, disse.
Outro ponto elencado no encontro e com muita repercussão internacional é quanto a preservação do meio ambiente, Taques informou que mesmo com grande volume da produção, o estado mantém mais de 60% de seu território preservado. “Isso significa o tamanho do estado da Califórnia, ou o tamanho de países como a Espanha ou França. Firmamos na COP 21, em Paris, metas de preservação diferenciadas das do Brasil”, disse.
Taques pontou que Mato Grosso produz em 40% de seu território 88% do diamante do Brasil; 70% do milho de pipoca do país; 67% do algodão; 65% do girassol; 39% do milho; 32% da soja; 15% do pescado de água doce e conta com o maior rebanho bovino brasileiro com mais de 30 milhões de cabeça de gado. “Temos condições de produzir em mais 16 milhões de hectares, sem matar uma árvore”, contou.
O governador defendeu a necessidade de melhorias na logística para que Mato Grosso consiga dar conta do aumento de produção e possa comercializar seus produtos a preços competitivos no mercado. “Precisamos de logísticas nos modais rodoviário, ferroviário e hidroviário. Temos 6.400 quilômetros de rodovias estaduais pavimentadas. Em dois anos, nós fizemos 1.430 quilômetros de pavimentação e precisamos de 8 mil quilômetros de rodovias estaduais pavimentadas e trabalhar os portos fora do estado de Mato Grosso porque eles não dão conta de exportar a contento o volume da nossa produção”, afirmou.
Aos investidores internacionais, o governador destacou a necessidade do Governo Federal de fazer as obras da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico), no trecho entre Campinápolis (GO) a Água Boa (MT), para que a produção possa sair pelo Rio de Janeiro ou mesmo pelos portos do Nordeste. Além da possibilidade de que os trilhos cheguem a Porto Velho, em Rondônia e a produção possa sair também pelo Rio Madeira. Ainda sobre ferrovia em Mato Grosso, Taques também ressaltou a importância do governo apoiar a Ferronorte, passando por Cuiabá e a Ferrogrão, que chega a Sinop, além da pavimentação da BR-163, no Pará.
O evento
O governador Pedro Taques foi convidado para participar da mesa Brasil – Investimentos em Logísticas. A edição conta com mais de 90 líderes do setor de infraestrutura de países como o Brasil, Chile, México, Colômbia e Estados Unidos. O evento ocorreu no Dream Downtown, em Nova York.
Com assessoria