O presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargador Rui Ramos, determinou, na última sexta-feira (12), a instauração de investigação interna para apurar a denúncia sobre a existência de uma central de interceptação telefônica ilegal realizada na Polícia Militar, com a autorização da Justiça, por meio de método conhecido como “barriga de aluguel”, em que números de telefones de pessoas sem conexão com uma investigação são inseridos em um pedido judicial de quebra de sigilo telefônico.
O caso já é investigado pela Procuradoria Geral da República (PGR), após denúncia do ex-secretário de Estado de Segurança Pública (Sesp), o promotor de Justiça Mauro Zaque.
De acordo com a denúncia, os telefones de médicos, deputada, advogados, jornalistas e outros foram colocados em relatório elaborado pela PM, no âmbito de investigação de tráfico de drogas na região de Cáceres. A lista foi encaminhada ao Ministério Público Estadual (MPE), que por sua vez, formalizou pedido de quebra de sigilo telefônico à Justiça.
Conforme a assessoria de imprensa do TJ-MT, a investigação interna é sigilosa.